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Amigos, mais um Resumão Olímpico, analisando essa reta final dos jogos Rio 2016 em seus 12º e 13º dias de competições, com muitas emoções no Vôlei, com o Brasil avançando na quadra, com ouro no masculino e prata no feminino nas areias. Com mais medalha de Isaquias Queiroz na busca do recorde. O ouro espetacular no Iatismo com Martine Grael e Kahena Kunze. E mais destaques, vamos juntos.




E a Vela nos deu uma alegria gigante, Martine Grael e Kahena Kunze entraram na medal race da classe 49er FX com reais chances de ouro, mas também com reais chances de ficar apenas na 4ª posição na classificação.

Mas nossas meninas foram perfeitas, em desvantagem na penúltima passagem, elas tiveram a leitura estratégica de mudar sua posição para pegar uma corrente diferente, as únicas que foram para essa estratégia, o que surtiu efeito e fez com que abrissem vantagem, na última virada de boia o time de Maloney e Meech/NZL, mas a vitória veio com drama, uma aproximação perigosíssima nos metros finais da prova. Mas as brasileiras acabaram cruzando a linha de chegada com uma vantagem mínima de dois segundos, o suficiente para garantir o ouro. O bronze ficou com Hansen e Iversen/DIN.

Seria triste bater na trave como com Robert Scheidt e Jorge Zarif em suas respectivas classes. O primeiro com sua missão mais do que cumprida no Iatismo, com nada menos que cinco medalhas olímpicas e que teve de se readaptar á classe laser, com a exclusão da classe star do programa olímpico. E Zarif com toda uma carreira pela frente e que vem forte pra Tóquio 2020.

O Iatismo é talvez o esporte olímpico com mais estrutura, muito pela iniciativa privada, com os Iate Clubes, sobretudo no Rio, mas também com apoio da Marinha. Foi cumprida a missão de manter a escrita histórica de medalhas olímpicas na modalidade em grande estilo, com o sobrenome Grael seguindo representando muito bem o país e a certeza de novas medalhas nos próximos ciclos.




Vôlei Masculino - Num jogo de fortes emoções, o Brasil derrotou a Argentina por 3-1, com tons de dramaticidade para ambos os lados com as lesões de Lucarelli e Lipe do lado brasileiro e do principal jogador argentino Conte. Mas valeu a festa no final para o time comandado por Bernardinho, que avança as semifinais para encarar a Rússia. 

O jogo se desenvolveu de forma muito franca e equilibrada. No primeiro set o Brasil foi preciso para vencer por 25-22. No segundo preocupação, a Argentina passou a acertar tudo que tentava e fez 17-25. Mas o time brasileiro conseguiu se impôr no terceiro set vencendo por 25-19. No set final muita disputa, os hermanos venderam caro a derrota por 25-23, numa grande atuação de Lucão e Wallace, destaques da partida.



Vôlei de Praia

No masculino, um jogo perfeito de Alison e Bruno Schmidt, ante os italianos Nicolai e Lupo. Com o primeiro usando toda sua experiência em bloqueios, em ataques precisos, com o segundo fazendo jus ao apelido de "mago" e derrubando bolas decisivas. Era necessária uma atuação perfeita para ganhar a medalha de ouro e ela veio, com parciais de 21-19 e 21-17, uma vitória por 2-0 rápida e inconteste, que pra quem realmente acompanha o esporte é de suma importância, visto que o Brasil não é hegemônico no esporte, ao contrário do que muitos colocam.


No feminino, Larissa e Talita caíram ante o time americano da lenda Walsh e de Ross. Num jogo onde Talita parou no bloqueio adversário, o resultado foi de 2-1 para as adversárias (21-17, 17-21 e 15-9) o time não conseguiu virar as bolas de ataque no tie-break e acabou ficando sem o bronze. 

Na disputa da medalha de ouro, Ágatha e Bárbara também caíram ante as alemãs Ludwig e Walkenhorst por 2-0, (21-18 e 21-14), num jogo de total domínio das adversárias. No primeiro set as adversárias já haviam aberto frente, equilibramos no final, mas não o suficiente para impedir o fechamento. No segundo bateu o desespero, a dupla cometeu erros que somados ao jogo de altíssimo nível das adversárias, impossibilitaram a vitória. Mas valeu a prata, pra quem não acompanha o esporte, essa ideia de que o Brasil é hegemônico na praia é utópica. Muito pelo contrário, basta analisar os resultados das últimas edições dos jogos. Importante ver revelações como Ágatha, Bárbara e Talita já jogando num nível tão alto, tem muito ainda pela frente e vejamos qual a decisão de carreira que tomará Larissa. 




No Handebol, nossa equipe masculina se despediu nas quartas de final com um bom jogo ante a França, campeã olímpica e mundial. O time fez um primeiro tempo muito equilibrado, enxergou a possibilidade de vitória e acabou perdendo um pouco o prumo do jogo na etapa final, onde os adversários conseguiram abrir vantagem e vencer por 34-27. Mas foi uma campanha histórica, o time foi embalado pelo sucesso do time feminino e pela torcida espetacular na Arena do Futuro. É uma geração nova, o time perde somente o goleiro Maik para o próximo ciclo, é fazer com que esse êxito tanto no masculino como no feminino (apesar do time feminino ter chegado com claras chances de medalha, foi nosso melhor resultado na história) fomente um incentivo maior á modalidade, desde a base, até a criação de uma liga nacional forte. 


Vale destacar também na Luta Olímpica um feito histórico, Kaori Icho/JAP sagrou-se nada menos que a única feminina atleta a ser tetracampeã olímpica, ficando com o ouro na categoria até 58 kg. 



No Basquete masculino, o destaque evidentemente vai para a vitória dos EUA ante a Argentina, que fez um grande começo de jogo com Campazzo novamente muito feliz nos arremessos, bem como Scola e Nocioni. Mas antes ainda do fim do primeiro período o time americano acordou e deu show. Durant foi o cestinha do jogo com 27 pontos mas quando o time largou na frente as atuações individuais do time foram todas excelentes, não permitiram em momento algum que a Argentina fizesse menção de encostar no placar. A despedida de Manu Ginobili foi emocionante, assim como ele, devem se despedir da seleção os demais remanescentes do ouro em 2004: Nocioni, Scola e Delfino, sob o comando de Rubén Magnano que hoje comanda a seleção brasileira. O time americano encara nas semi a Espanha que sem dificuldades superou a França por 92-67. Do outro lado da chave semifinal, o confronto é entre Austrália e Sérvia. 



No Atletismo, destaque para o revezamento 4x100m onde nossa equipe masculina se qualificou para a final com o oitavo tempo, com 38.19s. Já no feminino tivemos o nono tempo e ainda fomos desqualificados por invadir a raia americana, que inclusive derrubou o bastão e recorre se dizendo atrapalhada pelas brasileiras.

E destaque claro para Usain Bolt que segue fazendo história nos jogos Rio 2016. "Com o pé nas costas", o jamaicano venceu os 200m rasos e faturou o tricampeonato olímpico com o tempo de 19.78s. De Grasse/CAN ficou com a prata e Lemaitre/FRA foi a surpresa da prova ficando com o bronze.

Vale destacar também no Arremesso de peso, o desempenho do brasileiro Darlan Romani, que estabeleceu novo recorde brasileiro com a marca de 21.02m, garantindo assim a 5ª posição na prova, um atleta jovem que tem ao menos mais um ciclo pela frente. O ouro ficou com Crourser/EUA que bateu o recorde olímpico com 22.52m, a prata com Kovacs/EUA e o bronze com Walsh/NZL.




Na Canoagem de velocidade, 200m individual, Isaquias Queiroz segue fazendo história, em busca do recorde de medalhas para um atleta brasileiro em uma única edição dos jogos. O atleta conquistou sua segunda medalha, o bronze, ao ficar na terceira colocação. 

Ficou para ele um sentimento de frustração pela largada ruim, ainda mais após o desempenho que teve na semifinal, mas medalha não tem cor, valeu a recuperação na chegada da prova pelo bronze e nas duplas C2 1000m, o atleta ainda briga por mais uma medalha, quem sabe não pinta recorde em grande estilo, com ouro. Valeu Isaquias, nosso "Oea". O ouro ficou com o atual campeão olímpico ucraniano, Iurii Cheban e a prata ficou com Demyanenko do Azerbaijão. 




Com as medalhas conquistadas nestes dois dias de competição, o Brasil atinge 15 medalhas no total, cinco de ouro, cinco de prata e também de bronze, momentaneamente na 13ª posição no quadro de medalhas. Um grande desempenho e ainda temos no mínimo mais uma medalha, que pode ser de ouro no futebol masculino, além de possibilidades no hipismo, possibilidades com o próprio Isaquias Queiroz e claro, a possibilidade do bronze com nossas meninas do futebol. Vamos Brasil!




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Imagens: Reuters, AP, AFP e COB. 






Amigos, esse foi um dia de tirar o fôlego nos jogos Rio 2016, com derrotas muito sofridas e vitórias magníficas, como o inédito ouro no Boxe e a também inédita prata na canoagem. Momentos que entram para a história do esporte brasileiro, vamos juntos.



Após vencer na semifinal o grande favorito na categoria ligeiro na semifinal, o brasileiro Robson Conceição fez uma luta fantástica contra Sofiane Oumiha/FRA para conseguir um feito inédito. O ouro olímpico para o boxe do Brasil.

Na luta, o primeiro round foi bastante equilibrado, mas acabou terminando com vitória para o nosso baiano. Á partir do segundo round ficou muito clara a superioridade de Robson, que impôs seu melhor boxe e faturou o que sempre colocou como objetivo, a histórica medalha de ouro. Robson carregou com maestria a tradição do boxe da Bahia e do Brasil e fez a festa da torcida brasileira.




O nosso "Oea" (brincadeira em referência ao mascote da Copa de 2014, feita nas Redes Sociais) Isaquias Queiroz fez o Brasil acordar com muita alegria, ao conseguir uma prata inédita na canoagem de velocidade, 1000m. 

O brasileiro e também baiano vem colecionando títulos na carreira e espera conquistar mais duas medalhas nas duplas nos 1000m e também nos 200m, vamos ficar na torcida.

O ouro na prova ficou com Sebastian Brendel/ALE e o bronze com Tarnovschi/MOL.




Na Vela, a lenda Robert Scheidt chegou a vencer a medal race na classe laser, mas acabou não conseguindo medalha, terminando na 4ª posição. Jorge Zarif também ficou no "quase", terminando na 4ª posição na classe finn. A esperança de medalha na modalidade segue, com Martine Grael e Kahena Kunze, que chegam na medal race na segunda posição e decidem medalha na póxima quinta.





No Polo Aquático, nosso time masculino também foi eliminado nas quartas de final, ante nada menos que a campeã olímpica Croácia. Caíram de pé, após uma campanha inimaginável, que o legado para a modalidade siga. O placar do jogo foi 10-6 para os europeus.


No Atletismo, Fabiana Murer encerrou a carreira de forma triste nos jogos Rio 2016, após ter sua preparação muito prejudicada por uma hérnia de disco. A saltadora não conseguiu nas três tentativas superar os 4.55m e deu adeus ao esporte (ao menos como atleta). Na mesma prova, Joana Costa que é esperança para o futuro na modalidade, não conseguiu superar os 4.15m.



Pouco depois da conquista na canoagem, as meninas do Handebol, credenciadas a buscar o ouro, encararam uma Holanda que veio com uma proposta de jogo muito clara, defesa alta e intransponível e contra-ataque mortal. Tal combinação fez nosso ataque sucumbir e tirou a possibilidade da inédita medalha olímpica.

Ficou claro ainda quando o jogo era equilibrado no primeiro tempo, o quão dificultoso era passar pela defesa, nossos gols saiam em arremessos de longe, em algum momento isso não seria mais a solução. Foi o que ocorreu, o time passou a parar na defesa e quando conseguia passar por ela, encontrava a melhor goleira do mundo, Wester, que fez um jogo magnífico, parando o ataque brasileiro, temido pelas potencias europeias. No fim do jogo, já sob larga desvantagem, o time se abriu e a derrota acabou ficando em 32-23, um resultado que nem o mais pessimista torcedor poderia imaginar, mesmo se considerarmos que a Europa detém as grandes potencias do esporte.

Vejam, é claro que fica um gosto amargo, pois esse time, essa geração tinha qualidade pra fazer ainda mais história, buscando uma final olímpica. Mas essas meninas, essa geração surgiu praticamente do nada, essa evolução que houve no esporte á partir do fim da década passada e ganhou notoriedade com o título mundial em 2013, tem mérito total das atletas e de Morten Soubak, que precisa continuar seu trabalho e tentar conduzir uma renovação. Vejamos quem vai seguir no próximo ciclo rumo á Tóquio 2020 e ter consciência que daqui em diante o trabalho será muito árduo, pois sem base, sem liga, fica difícil manter um padrão tão alto, como conseguiram essas meninas.


Vôlei de Praia

Emoções distintas no Vôlei de Praia, encerrando a noite olímpica, Ágatha e Bárbara tiveram uma atuação como a segunda, e bateram a tricampeã olímpica Walsh ao lado de Ross, dos EUA por 2-0 com autoridade, parciais 22-20 e 21-18, em uma partida fantástica, que as credencia a buscar o ouro. 

Já a até então grande esperança de ouro Larissa e Talita que já haviam rateado nas quartas, voltaram a demonstrar instabilidade e foram derrotadas por Ludwig e Walkenhorst/ALE por 2-0 (21-18 e 21-12) e lutarão pelo bronze, qualidade, sobretudo na experiência de Larissa tem para buscá-lo, basta recuperar o melhor jogo, afinal, as adversárias são duríssimas. 

E no masculino, Alison e Bruno Schmidt fizeram um grande jogo, para bater por 2-1 (21-17, 20-22 e 16-14) os holandeses Meeuseen e Brouwen. Que venham mais dois ouros e um bronze! 



A nossa seleção feminina de vôlei sofreu um duro revés, nas quartas de final acabaram surpreendidas por um jogo perfeito da China, lutaram ao máximo, num jogo de muita emoção e reviravoltas, mas não conseguiram evitar a derrota por 3-2 parciais de 15-25, 25-23, 25-22, 22-25 e 15-23 no tie break. Um sentimento de frustração enorme tomou conta de nossas meninas, algumas encerrando seu ciclo na seleção, mas é levantar a cabeça e ter ciência que deram o máximo. O time feminino é bicampeão olímpico, é claro que a conquista em casa era o que todos sonhávamos, mas acontece, um dia perfeito de uma adversária e o esporte implacável faz jus. Isso faz parte do esporte, bola pra cima e pra frente. 




Por fim, vale lembrar que temos chance de medalha também no Hipismo, vamos ficar de olho. 




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Imagens: Reuters e AFP. 







Amigos, estamos aqui para analisar mais um dia de vitórias espetaculares, como o ouro no fim da noite olímpica no Salto com vara de Thiago Braz, mas também de derrotas, umas bastante duras, inclusive de forma indireta como no Basquete, mas isso faz parte do esporte. Espírito esportivo que falta á muita gente, mas disso a gente fala no fim, vamos juntos.


Já no fim da noite olímpica, Thiago Braz fez história voltando a trazer uma medalha no Atletismo para o Brasil no Salto com vara, e o melhor, a medalha foi de ouro. O brasileiro que não aparecia como cotado a medalha bateu o atual campeão olímpico, mundial e recordista na modalidade Ranaud Lavilleinie/FRA, estabelecendo um novo recorde ao saltar 6.03m. Um resultado maravilhoso de um jovem de apenas 22 anos que tem toda uma carreira pela frente. O atleta tem nada menos que Vitaly Petrov como técnico, que treinou lendas como Isinbayeva e Bubka. Mas que apoio, que estrutura nossa federação de atletismo e nosso país dá ao atleta? Ele é um herói que representa todos os nossos guerreiros do atletismo.

Ginástica Artística

Arthur Zanetti conseguiu mais um feito histórico para a Ginástica do Brasil, nas argolas o brasileiro conseguiu sua segunda medalha olímpica nesta tarde, a medalha de prata que veio com a nota 15.766, numa sequência quase perfeita, que foi vencida apenas pelo atual campeão mundial no aparelho, Eleftherios Petrounas/GRE, que conseguiu fazer um exercício totalmente limpo, espetacular para levar o ouro com a nota de 16.000. Nota que aliás foi superior aos 15.900 do ouro de Zanetti em Londres 2012. Denis Ablyazin/RUS ficou com o bronze com 15.700 uma boa nota desbancando outros candidatos a medalha.

Vejam, algumas polêmicas surgiram em torno dessa participação de Zanetti. A primeira é que alguns portais enalteceram muito mais o fato da perda do ouro do que da vitória espetacular em se conquistar em duas olimpíadas uma medalha olímpica, de ouro e prata, num país que pouco incentiva o esporte. A Record deveria (se é que já não fez) reprisar uma matéria recente mostrando as precárias condições de treino de Zanetti, o que acontece não só com ele, mas em toda a Ginástica e em quase todos os esportes olímpicos, esses caras são HERÓIS, não podemos cobrá-los como se fossemos uma potencia olímpica e esses atletas tivessem obrigação de ouro, obrigação de medalha, isso é pra quem não entende de esporte olímpico e quem não entende, evidentemente não deveria fazer parte desta cobertura. Aliás, a apresentação do Grego foi de uma felicidade absurda, uma nota muito difícil de ser batida, a prata nesse caso é como o ouro.

Houve também a polêmica (um tanto vazia, por sinal) em relação á continência prestada por Zanetti, Nory, Mayra Aguiar e tantos outros. Oras, se eles SÃO MILITARES estranho seria se eles não prestassem continência, aí sim, teriam sérios problemas com seus superiores (quem conhece a disciplina militar sabe do que falo). Agora, o aspecto abordado pelo treinador Marcos Goto é válido, é muito fácil "apoiar" atletas depois que eles já são de alto rendimento, já tem índices e participações em olimpíadas e jogos pan-americanos, já tem títulos estaduais, nacionais, etc. O duro é investir na formação e em estrutura de treinos, isso as nossas entidades de defesa evidentemente não fazem. Porém, isso deve ser comentado por nós, o treinador se manifestar dessa forma só dá mais pano pra manga, de extremistas que querem que os atletas se comportem como eles gostariam, e não como lhes parece correto.


Quem também competiu por medalha foi nossa menina Flávia Saraiva, que com apenas 16 anos esteve muito próxima da medalha de bronze, mas com dois desequilíbrios acabou terminando a prova na 5ª posição, com a nota 14.533. O ouro ficou com a surpresa Sanne Wevers/HOL com 15.433, a prata com Lauren Hernandez/EUA com 15.333 e o bronze com o fenômeno Simone Biles que se desequilibrou e obteve 14.733. O interessante foi a humildade de Biles em citar que Saraiva poderia ficar com a prata, no meu raso entendimento, acho uma colocação pertinente, afinal Biles teve uma queda e a brasileira dois desequilíbrios, onde não ocorreu queda e a apresentação da Francesa que ficou em quarto teve um desequilíbrio e teve uma dificuldade abaixo. Mas paciência, já é um grande resultado na primeira olimpíada aos 16 anos chegar á uma final e nessa posição. Flavinha nos dará muitas alegrias ainda, nada de sentimento de derrota.


Basquete

De nada de sentimento de derrota pra um sentimento de tristeza e frustração profundas. Apesar da vitória ante a frágil Nigéria por 86-69, num jogo onde o time oscilou novamente e teve essa margem apenas pela atuação contundente no último período com Nenê arrebentando e com um adversário entregue, do que no desempenho durante a partida que foi irregular. No primeiro quarto do jogo equilíbrio, no segundo o Brasil arrancou, pane no terceiro nas duas equipes e quando a Nigéria viu que não dava, largou de mão nos cedendo rebotes ofensivos e chutando de qualquer forma. 

A eliminação do Brasil não veio na atuação indolente da Argentina na derrota ante a Espanha (agora os hermanos encaram os EUA nas quartas. ch**** essa) por 92-73. Convenhamos que a Argentina vinha de uma guerra de duas prorrogações ante o Brasil e a Espanha jogava com a faca nos dentes (como diria aquele "amigo" nosso) pela classificação. Portanto a eliminação se deu não nesse resultado da Argentina ou mesmo na derrota fatídica do confronto direto. A eliminação se deu na instabilidade do time, que não conseguiu demonstrar durante o período total das partidas, um jogo dentro de um padrão, sem tantas oscilações. Foi por isso que fomos derrotados ante Lituânia e Croácia. Ante a Espanha o jogo foi mais regular e ante a Argentina caíram muitas bolas de três, mas faltou mais malícia (e olha que experiencia não falta a este elenco) para administrar as vantagens que tivemos no placar

É muito triste ver uma eliminação como essa, onde diferentemente do feminino (apesar de esperançosa estreia) o time tinha muito mais para mostrar, sem exageros, os períodos de pico de atuação desse time poderiam ter rendido até um primeiro lugar na chave, com vitórias ante os adversários citados, por isso tamanho vazio. Mas vazio ainda maior será notar que o descaso administrativo da modalidade, atingirá agora em cheio o masculino, os craques que essa seleção tinha, já no seu último ciclo, mascararam um pouco a inércia administrativa. Agora, assim como no feminino, será necessária uma reformulação, se algo não mudar na CBB (e não falo do Magnano não, que uns querem derrubar, falo administrativamente mesmo) a previsão lamentavelmente para nós, amantes do basquete, é de tempos sombrios e ciclos sem êxito. 



E veio mais uma medalha de bronze para o Brasil, desta vez com Poliana Okimoto na maratona aquática de 10 km. Com a punição (por ter dado um "pescotapa" na adversária) de Aurelie Muller/FRA, que seria prata, a brasileira em quarto ganhou uma posição e faturou uma inesperada medalha para o Brasil. O ouro ficou com Sharon von Rouwendaal/HOL  e a prata com Rachele Bruni/ITA. Um resultado redentor, para quem em Londres 2012 acabou desistindo com um quadro de hipotermia, são histórias maravilhosas que os jogos podem nos proporcionar. 





No Vôlei de Praia, Alison e Bruno Schmidt fizeram um jogo espetacular contra uma dupla fortíssima, Dalhausser e Lucena/EUA, foi um grande jogo, com uma atuação impecável no primeiro e terceiro sets. Grande jogo do experiente Alison e um saque muito eficiente de Bruno, conduziram o time brasileiro á vitória por 2-1, parciais de 21-14, 12-21 e 15-9, apesar da distância nas parciais, foi um jogo bastante duro, que mostrou que a dupla se credencia á busca de uma final olímpica e quem sabe o título. Agora a dupla enfrenta na semifinal os Holandeses Brouwer e Meewseer que desbancaram os favoritos no confronto e compatriotas Nummerdoor e Varenhorst. 




Já no Polo Aquático, nossas meninas ficaram pelo caminho com a derrota ante os EUA por 13-3, resultado natural dado o favoritismo americano, campeão de tudo na modalidade, mas o país fez um grande papel na modalidade chegando á esta fase no feminino e masculino. Vejamos se no masculino o desempenho da primeira fase se repete e buscamos uma medalha, o que seria algo fenomenal.



No Handebol, uma exibição muito abaixo do nosso time masculino, após garantida a classificação. O time fez testes, tentou usar o "sétimo homem" (quando se tira o goleiro pra colocar um a mais na linha) e tomou inúmeros gols dessa maneira, fez experiências que não deram certo, houve um desligamento e acabou vindo uma derrota dura ante a eliminada Suécia, derrota por 30-19, um placar largo, nosso time foi bastante mal no ataque e mesmo com a grande exibição novamente de Maik não foi capaz de gerar perigo aos adversários. É torcer pra que o time retome o seu melhor jogo, para encarar a atual campeã mundial França nas quartas, nosso melhor jogo venceu a Alemanha, esse nosso melhor jogo pode beliscar medalha no masculino, o que era impensável antes da bola kickar nos jogos.



Na Vela, o nosso Robert Scheidt teve a medal race adiada para esta terça na classe Laser, devido a falta de ventos (irônico, pois no fim da tarde não faltou vento) e tem missão dura pelo bronze. Já na 49er FX a dupla Martine Grael e Kahena Kunze está em terceiro lugar, restando uma regata para a medal race, temos grandes chances de medalha.




E a noite se encerrou com a trinca de vitórias ante a França completa, após o ouro de Thiago Braz, o bronze de Poliana Okimoto após punição de atleta francesa, veio uma vitória épica no Vôlei, em um jogo eletrizante, de vida ou morte, que classificou o Brasil para as quartas de final da competição.

Num jogo muito tenso, onde o adversário sempre esteve próximo, mas o nosso time conseguiu encaixar seu melhor jogo, empurrado pela torcida, vencemos por 3-1 (25-22, 22-25, 25-20 e 25-23). É claro que é algo á ser debatido as ausências de jogadores mais experientes como Murilo e Sidão (que hoje aliás faturaram a "Copa São Paulo" pelo Sesi), a crítica de uma "renovação forçada" merece sim debate, o time peca ainda pela inexperiência em alguns momentos e poderia estar mais forte com atletas rodados que ainda tem a dar pelo time. Porém, temos um time de talento, que se souber canalizar a pressão interna e o apoio que vem da torcida, pode nos dar o máximo de potencial e buscar uma final e consequentemente o ouro. 




Por fim, já disse bastante aqui, mas gostaria de deixar muito claro. NADA justifica preconceito, isso é um lapso de caráter inadmissível num país como o nosso, isso atrapalha certamente nossa Ginástica masculina. Que apesar de todos os seus problemas, seu déficit de apoio e tudo que aqui tem de superar, conquistou nessa olimpíada três medalhas, que somam-se a medalha de ouro em Londres 2012. Quatro medalhas para um esporte que segue inadmissivelmente sendo alvo de preconceito, num país que (nenhum tem, na verdade) não tem direito de ter preconceito com nada, por toda miscigenação que tem, por todo seu contexto histórico, por tudo que nosso povo já sofreu, sofre e sofrerá.

Não existe "fracasso" em atleta nenhum, dada a falta de apoio e fomento que tem, instrumentos governamentais dão bolsa, dão patrocínio á atletas que já competem em alto rendimento. Mas e os treinos, E A BASE? Esses atletas, ouro ou não, medalhistas ou não. TODOS são heróis. "Complexo de vira-lata" é ridicularizar atletas por não conseguirem medalhas, ou por elas não serem de ouro. Não somos potências olímpicas, não somos potência na educação, não somos potência no serviço público. Esses HERÓIS superam barreiras e limites, cada resultado é único, é uma vitória. Hipocrisia é qualquer pensamento diferente deste, é jogar nessa delegação, uma responsabilidade de potência esportiva e ainda bater palmas para federações e órgãos governamentais, que se valem do esforço e garra destes atletas, quando os resultados são positivos. Os que tem a postura aqui criticada, independente de qualquer coisa, poderiam refletir, quem sabe não obtém um momento de consciência.




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Imagens: AFP, Reuters e Acervo COB. 




Amigos, estamos de volta com nosso Resumão Olímpico, que marca o fim de semana de dias 8 e 9 de competições, ultrapassando assim a metade dos jogos. Um fim de semana marcado por emoções extremas, nas vitórias, nas derrotas e até onde teve empate. Vamos conferir juntos.


Um momento muito especial para o esporte brasileiro e especialmente emocionante por tudo o que envolveu em relação á este da foto, Diego Hypolito e também se analisado tudo que sofre um atleta como ele em nosso país.

Numa prova impecável, Diego se superou, fez uma série de extrema dificuldade para atingir a nota de 15.533, numa série limpa garantindo após erros de favoritos á medalha a prata, o que não tira seus méritos, o mérito de quem fez uma série perfeita, vai muito além de qualquer demérito de quem tenha errado. Num magnífico encontro de gerações, Arthur Nory que entrou para a final com a nona nota (devido ao limite de competidores por país ser de dois atletas) fez uma série menos dificultosa que a de Diego, porém muito segura, completamente limpa, obtendo a nota de 15.433 e conquistando o bronze, um resultado magnífico para o Brasil e absolutamente imprevisível. Os brasileiros aguardaram com muita emoção as entradas seguintes, viram seus adversários não obterem êxito nos seus exercícios e vieram abaixo com o resultado espetacular. O ouro ficou com um dos favoritos da prova, Max Whitlock/GBR que obteve a nota de 15.633 com uma série muito similar a de Hypolito, mas minimamente mais limpa.

Ver Diego superando tudo que passou em Pequim 2008 e Londres 2012 chegando no Rio desacreditado, após lesões, depressão, tendo sua vida pessoal alvo de ataques e fofocas. Diego superou tudo isso para na sua última chance (o atleta afirma que vai buscar Tokio 2020, vejamos), conseguir o resultado que sempre teve capacidade de obter, é uma vitória (medalha é vitória) que mostra as redenções e momentos épicos que o esporte pode proporcionar.

E ainda mais significativo é ver um resultado como esse, num país onde por incrível que pareça, tudo é "motivo" para preconceito. Esses atletas sofrem com o preconceito, o que retarda o desenvolvimento da modalidade no país. Temos de evoluir como sociedade e entender que nada é motivo para preconceitos. Aliás, isso entra na polêmica de Nory também com outro ginasta brasileiro, Ângelo Assumpção, algo que ambos dizem estar superado e tomara mesmo que esteja e que Nory tenha repensado sua atitude, afinal como já dito, NADA é motivo pra preconceito e ridicularização do próximo, ainda mais pra quem neste país, diariamente encontra preconceito nessa atividade esportiva.

Vamos ficar na torcida por Arthur Zanetti nas argolas, onde o brasileiro tem chances claras de para ou ouro. E para nossa menina Flávia Saraiva na trave, que tem toda uma carreira pela frente, mas já é um fenômeno e pode beliscar.


Basquete

Infelizmente o time masculino de Basquete do Brasil foi derrotado no clássico ante a Argentina por 111-107. Num jogo espetacular, de duas prorrogações, com uma atmosfera magnífica. Um jogo onde o Brasil oscilou momentos de um basquete magnífico, com condições de luta direta por vaga na final, com momentos de apagão, onde o adversário soube aproveitar muito bem e tirar diferenças estabelecidas no placar com muito suor. 

Nocioni foi nosso grande carrasco, marcando nada menos que 37 pontos no jogo, várias cestas de três, um fator que acabou sendo determinante para que sempre que abríamos vantagem, o time argentino conseguisse encostar no placar novamente. Campazzo foi outro carrasco, chamou o jogo no momento decisivo e conseguiu encaminhar o time adversário á vitória. 

Nosso jogo coletivo foi bem, Nenê, Alex, Huertas, Giovanonni (que poderia ter tido mais minutos, assim como Benite) foram bem, foi um jogo bom do nosso time apesar da decepção com a derrota. A marcação das bolas de três não é fácil como sugerem alguns comentaristas de ocasião, para exemplificar isso não precisamos ir longe, basta ver que o Warriors fez grandes temporadas baseando seu jogo (praticamente) nessa alternativa dos três pontos. O que se observa negativamente é a instabilidade em alguns momentos do jogo, o que acaba sendo determinante e o fato de que sempre alguém de muito talento destoa negativamente em nosso time, desta vez foi Leandrinho que atuou muito abaixo do que pode e Magnano não enxergou isso, o mantendo num momento crítico do jogo, uma pena. Agora precisamos derrotar a Nigéria (que ainda tem chance de se classificar) para pegar os EUA, que tem demonstrado ser um time "batível", mas vencível em uma exibição absolutamente perfeita do adversário, algo que até aqui esse time não demonstrou ser capaz de fazer. 

Na despedida dos jogos, nossa seleção feminina fazia bom jogo e vencia a Turquia, mas acabou novamente se perdendo, o jogo foi para a prorrogação e nossas meninas acabaram derrotadas por 79-76. É preciso que a CBB tenha um olhar especial para o basquete feminino, como volta a ter para o masculino com a NBB, se isso não ocorrer, não se vislumbra uma renovação competitiva. 



Vôlei de Praia 

Outro jogo épico desde fim de semana olímpico foi no Vôlei de Praia, onde as favoritas ao ouro Larissa e Talita encararam uma pedreira pela frente, a dupla Zumkehr e Heidrich/SUI que proporcionaram um jogo cheio de rallys, muito baseado na força física e impuseram sérias dificuldades á dupla brasileira, sobretudo á Agatha. As adversárias acabaram vencendo a primeira parcial por 21-23. Estivemos prestes a perder o jogo no segundo set, mas Larissa tirou da manga a vitória por 27-25 pra manter a dupla brasileira viva na partida e no tie-break veio a épica virada no placar, 15-13 na parcial e uma vitória dura, que credencia ainda mais o time que mescla juventude e experiência, a conquistar uma medalha dourada nos jogos Rio 2016. 

Ágatha e Bárbara também garantiram vaga nas semifinais, num jogo mais tranquilo contras a dupla Brilova e Ukolova/RUS por 2-0 (23-21 e 21-16), vitória com autoridade que dá moral para as semifinais. Podemos ter final brasileira, ou na pior das hipóteses temos garantido o bronze no feminino. 

No masculino, já havíamos comentado no texto anterior, a classificação de Alison e Bruno Schmidt e tivemos infelizmente a eliminação de Pedro Solberg e Evandro, que acabaram derrotados por Barsuk e Liamin/RUS por 2-1 (16-21, 21-14 e 15-10), a dupla brasileira sentiu a inexperiência, errou demais e tira lições dessa derrota em casa, em seguindo como dupla (tomara que sigam), que voltem mais fortes em Tokio 2020. 



Handebol


No Handebol, nossas meninas terminaram a participação na primeira fase com moral, batendo Montenegro sem sustos, 29-23, o time tem plenas condições de lutar pela medalha de ouro. 

Já no masculino um jogo de muitas emoções, muitas delas geradas por nós mesmos. O Egito fez um jogo eficiente, duríssimo e esteve no comando do placar durante toda a partida, mas com defesas milagrosas de Maik e o apoio magnífico da torcida que abarrotava a Arena do Futuro, nosso time conseguiu arrancar um importante empate na luta pelas primeira posições da chave, 27-27, não foi nosso melhor jogo, mas dadas as circunstâncias foi um resultado muito satisfatório e que trouxe ainda mais a torcida para esses meninos, que são franco-atiradores nesta olimpíada, é um momento único, que precisa ser aproveitado para que também o Handebol masculino seja adequadamente desenvolvido no Brasil. 




Boxe

E o nosso Robson Conceição deu show no Boxe, ao bater por decisão unânime o favorito Jorge Álvarez/CUB no peso ligeiro e garantir no mínimo a prata para o Brasil, com grandes possibilidades de ouro. 

No peso médio feminino, Andréia Bandeira venceu a Dominicana Bylon por decisão dividida e avançou na competição.

Robenilson de Jesus no galo e Michel Borges no meio-pesado, pararam em Stevenson/EUA e Júlio César La Cruz/CUB respectivamente, este segundo franco favorito para o ouro. 



Futebol

Na Arena Corinthians, a seleção masculina do Brasil fez um jogo muito superior á Colômbia, que repetidamente apelou pra violência, e com dois belos gols em foguetaços, um de Neymar e outro de Luan que entrou muito bem no time, bateu os adversários por 2 x 0, avançando para encarar a seleção surpreendente e perigosa de Honduras pelas semifinais da competição na próxima quarta. 

Foi positivo ver a manutenção do esquema e da postura de jogo após a preleção que antecedeu a partida ante a Dinamarca, o time será testado ante Honduras, mas tem talento e condições claras de seguir em busca do inédito ouro e com a possibilidade de encarar a Alemanha numa final (caso eles cheguem lá) que apesar de não ter similar peso, poderia representar uma redenção ante a catástrofe do 7 x 1 na última copa. 


Vôlei

Sentimentos distintos marcaram o Vôlei do Brasil neste fim de semana. No feminino na noite deste domingo, mais uma vitória tranquila pra fechar a fase de grupos com 100% de aproveitamento e nenhum set perdido, em outra atuação impecável. 3-0 com parciais de 25-23, 25-21 e 25-21 ante a Rússia. Que venha a China nas quartas de final. 

Já no masculino, sinal de alerta após a segunda derrota consecutiva na competição, após trazer o perigoso time dos EUA de volta [a disputa, foi a vez de perder de forma bastante dura para a Itália por 3-1 (23-25, 25-23, 25-22 e 25-15) no último set em especial o time se mostrou totalmente abalado psicologicamente e sem alternativas, o que preocupa. A França é o próximo adversário e só a vitória interessa.



A Natação teve suas competições encerradas no último sábado, também com o encerramento com chave de ouro (literalmente) da carreira da lenda Michael Phelps, que conquistou junto com o time dos EUA o ouro no revezamento 4x100 medley. Os brasileiros ficaram em 6º lugar na prova, com a prata ficando com a Grã-Bretanha e o bronze com a Austrália. Infelizmente o "Time Brasil" encerrou sua participação nos jogos sem conquistar nenhuma medalha na modalidade, que sempre nos proporcionou importantes medalhas. Nosso potencial na natação não se esvaiu, bem como no Atletismo, o que falta é um olhar para a modalidade.


Tênis 


Em um jogo épico, Andy Murray/GBR sagrou-se bicampeão olímpico ao bater Martin Del Potro/ARG por 3-1(7-5, 4-6, 6-2 e 7-5). 

Rafa Nadal e Marc Lopez/ESP haviam assegurado o ouro nas duplas ainda na última sexta, ao derrotarem Mergea e Tercau/ROM por 2-1 (6-2, 3-6 e 6-4). 

Já no feminino, Monica Puig bateu por 2-1 (6-4, 4-6 e 6-1) a alemã Angelique Kerber e faturou o primeiro ouro olímpico para Porto Rico. 



No Polo Aquático, nossa seleção masculina que começou muito bem a competição, acabou sofrendo a segunda derrota consecutiva. A Hungria bateu o time brasileiro por 10-6 e acabou nos jogando para encara nada menos que a atual campeã olímpica Croácia nas quartas. 



Atletismo

E não tem pra ninguém, Usain Bolt/JAM é imbatível, o homem mais rápido do mundo faturou o tricampeonato olímpico nos 100m rasos com o tempo de 9.81, deixando a prata para Justin Gatlin/EUA e o bronze para De Grasse/CAN. E não adianta alguém dizer que Bolt caiu 12s, ele fez o que quis, corre sorrindo, bota na frente e administra numa prova de velocidade extrema, é lenda, é imbatível, bradar em relação á isso é ficar caçando estatística em ovo. 

No feminino dos 100m rasos, Elaine Thompson/JAM surpreendeu e desbancou a favorita e musa Shelly-Ann Fraser e sagrou-se a mulher mais rápida, com 10.71, a prata ficou com Tori Bowie/EUA e Pryce ficou apenas com o bronze. 

Na maratona feminina adivinha o que deu? Quênia evidentemente, Sumgong concluiu a prova sob forte calor em 2h24min04s. a prata ficou com Kirwa do Bahrain e o bronze com Dibaba da Etiópia. Dentre as brasileiras, Adriana Silva ficou em 69º, Mariliy dos Santos em 78º e Graciete Santana em 128º. 




Por fim, vale dizer que para os que se alarmaram com o desempenho do "Time Brasil" nesta primeira metade dos jogos, vale acompanhar esta semana, temos os esportes coletivos, temos chances claras na Vela, no mínimo prata no Boxe, enfim, temos grandes possibilidades de chegarmos na meta de 10º lugar no número de medalhas, o que não significaria 10º lugar no quadro de medalhas (que conta primariamente os ouros) mas seria um importante avanço, ainda mais se levarmos em conta o rumo que a natação, o atletismo e o basquete feminino tem tomado, por culpa de suas respectivas federações. 




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Imagens: AFP e Reuters. 



Amigos, vamos chegando para analisar mais um dia de competições, agradecendo o número cada vez maior de pessoas que tem prestigiado esse modesto e árduo trabalho que tenho desenvolvido nessa cobertura cronística dos jogos Rio 2016. Destacando o fechamento de nossa participação no Judô com chave de ouro, com a medalha do nosso Baby, mais uma grande vitória no Handebol, a garantia de medalha no Boxe, além do grande desempenho na Marcha Atlética, que abriu as competições do Atletismo, vamos juntos.



Apesar da meta inicial no Judô ser a superação do número de medalhas obtido em Londres 2012, o sentimento é de orgulho pelo desempenho dos medalhistas e a superação de toda a equipe. O nosso Rafael Silva teve uma atuação impecável com duas vitórias por Ippon nas lutas iniciais. Nas quartas de final, pegou nada menos do que o ouro na competição e fenômeno nos pesados Teddy Riner, mas o brasileiro soube se recuperar e na repescagem venceu Roy Meyer/HOL que travou a luta e tomou duas punições. Na disputa pelo bronze, o brasileiro foi soberano ante um exausto Tangriev do Uzbequistão. conseguindo a vitória por yuko após dominar completamente o combate. A prata ficou com Hisayoshi Harasawa/JPN e o outro bronze na categoria ficou com Or Sasson/ISR. Já no peso-pesado feminino infelizmene não avançamos, Maria Suelen Altheman acabou caindo logo na primeira luta para Kim/COR. 




O dia já havia começado muito bem, no Handebol apesar das dificuldades impostas pela surpreendente equipe de Angola, nossas meninas encontraram seu melhor jogo, sobretudo na etapa final vencendo por 28-24 e tem grandes chances de ao vencer a lanterna Montenegro, avançar em primeiro lugar na chave.



Tênis


O sentimento de quem realmente aprecia o esporte, o Tênis é de vitória. Thomaz Bellucci fez um jogo magnífico ante Rafael Nadal, competindo durante todo o jogo no mesm o nível da lenda, isso precisa ser enaltecido, Bellucci mostrou ao povo brasileiro, ao mundo e sobretudo a si mesmo, que tem totais condições de competir no nível dos melhores do mundo sim.

No primeiro set um espetacular 6-2, com duas quebras de saque, atuação segura, perfeita, uma mão muito pesada, Nadal sentiu a pressão. No segundo set com duas quebras de saque, contra uma do brasileiro, mas com muito equilíbrio ainda, o espanhol fechou em 6-4. No último set o momento decisivo foi o quarto game, onde após solicitar atendimento médico Nadal voltou perfeito e quebrou o serviço para abrir 3-1. O brasileiro seguiu bem na partida, trocando muito bem contra o adversário, mas no game final a pressão estava toda sobre o brasileiro, que acabou errando muito e tendo mais uma vez o saque quebrado, 6-2 na parcial e fim de jogo com derrota por 2-1, ainda assim, um jogo grandioso para o brasileiro, que mantendo esse nível tem tudo para voltar a crescer no ranking da ATP.

Muito já se criticou Bellucci, mas esse momento tirou a dúvida que qualquer um ainda possa ter, Bellucci é um tenista de talento, precisa ser psicologicamente um pouco mais forte, não se abalar tanto com dificuldades de um jogo, afinal o aspecto psicológico é determinante no tênis, com isso e com boas energias vindo de nós brasileiros (que tanto o criticamos), nosso Bellucci tem tudo para nos dar muitas alegrias.




Temos no mínimo bronze no Boxe, com Robson Conceição no peso ligeiro, que derrotou Tojibaev do Uzbeqistão para garantir vaga. Na próxima luta que ocorre no domingo, o brasileiro disputa contra Álvarez/CUB quem vai para a disputa do ouro. Estamos muito bem no boxe.



Vôlei de Praia


No feminino as duas duplas brasileiras confirmaram o avanço ás quartas. Favoritas ao ouro, Larissa e Talita encerraram a impecável campanha na fase inicial com a terceira vitória, ao baterem por 2-0 (21-17 e 21-19) Büthe e Borger/ALE. 

No outro jogo, Ágatha e Bárbara também mandaram bem, vencendo Yue e Fang/CHN pelos mesmos 2-0, com parciais de 21-12 e 21-16, um jogo onde o domínio foi total, importante pra dar moral.


E já neste 8º dia de competições, Alison e Bruno Schmidt cravaram a vaga nas quartas com estilo, batendo Gavira e Herrera/ESP com relativa facilidade por 2-0, parciais de 24-22 e 21-13. 




Outra grande notícia vem da Vela, na classe Laser, o nosso Robert Scheidt assumiu a vice-liderança da prova somadas as regatas do dia. Martine Grael e Kahena Kunze também são esperanças de medalha na 49er, terminando o dia na segunda posição.



No Polo Aquático após três vitórias e garantir a classificação, nosso time masculino acabou sofrendo uma dura derrota ante a Grécia por 9-4, enfrentando uma marcação muito dura, o time brasileiro não conseguiu ter efetividade no ataque, o que infelizmente sobrou para os adversários. Agora é erguer a cabeça pois estamos classificados, estamos em casa e podemos beliscar uma medalha, o que seria fantástico, já que somos franco-atiradores na modalidade.




No Basquete, o time americano novamente encontrou sérias dificuldades, desta vez encarando a Sérvia, que fez um jogo bastante duro, vencendo os três últimos períodos do jogo. Jokic comandou o time servio que teve o apoio da torcida e quase conseguiu a virada histórica, O placar final foi de 94-91 e acende de vez o sinal de alerta no time americano, com uma atuação de alto nível e poucos erros durante todo o jogo, é possível sim bater os astros americanos.



E começaram as competições do Atletismo, já com uma ótima surpresa para o Brasil, o nosso Caio Bonfim por pouco não conseguiu o bronze na Marcha Atlética de 20 Km. O atleta lutou até o fim pelo pódio na prova, mas acabou superado pelo atleta da Austrália. Caio demonstrou personalidade ao citar o preconceito que sofre ao treinar e a falta de apoio. Tomara que esse grande resultado e a firme posição do atleta faça as pessoas colocarem a mão na consciência antes de insultar um atleta (na verdade, ninguém deveria ser insultado por sexualidade, etnia, enfim) que está treinando. Se passarmos numa estrada e ver alguém com roupa de corredor caminhar em alta velocidade, este não está "rebolando" como cretinos colocam, está na verdade treinando para uma prova onde a planta de um dos pés sempre tem de estar tocando o chão e por isso o movimento de quadril. Já não bastam todas as dificuldades que os atletas passam no Brasil, ter de sofrer ainda com esse tipo de canalhice é algo absolutamente inaceitável.




E por fim, outra grande vitória do Brasil no Vôlei feminino, o time bateu a Coréia do Sul novamente por 3-0 (25-17, 25-13 e 27-25), com maior dificuldade apenas no último set, onde Bernardinho passou a mais rodar o time. Nossas meninas vem muito fortes na busca pelo ouro.




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Imagens: AFP e Reuters. 




Amigos, estamos juntos para comentar mais um dia de competições nos jogos Rio 2016, com muitas alegrias para o Brasil, como a espetacular vitória no Handebol masculino, as vitórias no tênis, dentre outras, a grande exibição apesar da derrota no Basquete ante a Croácia, além claro da fantástica medalha de prata para Mayra Aguiar, em grandes exibições, vamos juntos.



No Judô, a brasileira Mayra Aguiar garantiu o bronze na categoria meio-pesado (penúltima da modalidade em disputa) ao derrotar a Cubana Yalennis Castillo por yuko. Com um desempenho magnífico e uma derrota polêmica nas semifinais (afinal, ela aplicou yuko não marcado antes de sofrer a punição fatal, além da adversária ter amarrado bastante a luta e não ter sofrido a punição que empataria o duelo) ante a Francesa Tcheumeo, que acabou ficando com a prata, já que perdeu o ouro para Kayla Harrison/USA. 

Já no masculino, após boa vitória na primeira luta, o brasileiro encarou a pedreira Ryunosuke Haga?JPN e não conseguiu passar da segunda luta.



Grande dia para o Brasil também no Vôlei de Praia, onde Pedro Solberg e Evandro conseguiram a classificação ao vencer Samoilovs e Smedins da Letônia por 2-1 (21-16, 20-22 e 15-7), após sofrerem na fase de classificação, o time chega agora com mora redobrada para a busca da medalha. No feminino Larissa e Talita confirmaram a campanha impecável em sua chave, ao derrotarem Brzostek e Kolosinska por 2-0 com muita tranquilidade, parciais de 21-15 e 21-10. O dia teve também uma grande notícia, que foi a confirmação da não gravidade da lesão de Alison, que não terá nenhum problema para a sequência da competição.



No Tênis, um grande dia para o Brasil, nas duplas mistas Marcelo Melo e Teliana Pereira avançaram ao vencer a dupla francesa Nicolas Mahut e Caroline Garcia por 2-0, mas o que não configurou um jogo fácil, visto que ambas as parciais foram para o tie-break as parciais foram de 7-6 (7-4) e 7-6 (7-1). E contaram ainda com a fantástica (para o espetáculo evidente que não) notícia de que Rafa Nadal acabou desistindo da disputa por duplas devido a quantidade de jogos, a fera já havia criticado o programa apertado do tênis nos jogos.

E por falar em Nadal, uma notícia ótima e uma ruim para o tênis do Brasil. A ótima é que Thomaz Bellucci venceu nada menos que o número 13 do ranking, o belga David Goffin em um grande jogo e avança na competição. A notícia ruim é que o brasileiro encara justamente Nadal nas quartas, é claro que ninguém perde e nem ganha de véspera, os fatores positivos são o cansaço do espanhol e a confiança que o brasileiro vem demonstrando na competição, está jogando como um gigante, é claro que o favoritismo vai todo pro adversário, o que somado aos fatores já citados pode ser positivo, afinal o brasileiro vai como franco atirador e com toda a força da nossa torcida.



Já na Ginástica Artística ocorreu a final do individual geral, onde o Brasil contava com Rebeca Andrade e Jade Barbosa. Rebeca se qualificou para a final com o terceiro lugar, gerando esperança na torcida brasileira, mas acabou cometendo alguns erros (é uma pressão muito grande) e terminando apenas na 11ª posição. Para a musa Jade Barbosa (que substituiu a menina Flávia Saraiva que vai focar totalmente na trave, seu melhor aparelho) a disputa foi ainda mais traumática, já que a ginasta se lesionou na execução do solo e acabou deixando a competição de forma antecipada, numa cena bastante triste. O consolo é que Jade sabe da qualidade que tem, e certamente terá mais um ciclo para brindar a torcida brasileira com sua qualidade magnífica. O ouro ficou com o fenômeno Simone Biles/USA, a prata com Alexandra Raisman/USA e o bronze com Aliya Mustafina/RUS. 




Basquete

No Basquete, apesar de derrotas no masculino e no feminino, o sentimento foi bastante distinto (sem contar claro, comentaristas derrotistas de futebol improvisados, que só sabem ver o lado ruim das coisas). Para as meninas infelizmente acabou, perdemos jogos que tínhamos totais condições de vencer, como ante o Japão e a Bielorrussia e até mesmo ante a forte Austrália fizemos um 1ª tempo ótimo. Mas acabamos derrotados para nós mesmos, com muitos erros e insegurança emocional, até que chegou um jogo mais duro do que as duas derrotas inicialmente citadas, ante a França, as meninas foram valentes, fizeram um bom primeiro tempo, mas novamente perderam contato no segundo e o jogo acabou em 74-64. É preciso repensar o esporte no país, o feminino tem tido muito menos suporte que o masculino e está com dificuldades de renovação, não vamos abandonar nossas meninas.

No masculino como já dito, eu não enxergo esse "péssimo jogo" que outros enxergam não. A Croácia é um grande adversário, também derrotou a Espanha, e teve um fator de absoluto desequilíbrio, a atuação de Bogdanovic, a vitória adversária se deve totalmente a ele, que marcou nada menos do que 33 pontos, foi ele o fator determinante, com suas cestas de três e com seu alto índice de acerto em tudo que tentava. O Brasil fez um jogo coletivo de muita qualidade, assim como na vitória ante a Espanha, rebotes defensivos, ofensivos, jogadas de infiltração, passes de qualidade de Huertas. Pecamos sim, no terceiro período onde os adversários conseguiram abrir frente, que não conseguiu ser tirada no fim por pouco. Nenê se não tivesse errado tanto, não tivesse arremessado tanta bola chutada, talvez a história do jogo pudesse ter sido outra, mas acontece de um craque não viver um grande dia, perdemos nos detalhes, contra uma fortíssima equipe e com uma exibição bastante competitiva que terminou em 80-76. Nada de terra arrasada, temos totais condições de derrotar a Argentina e buscar a terceira posição na chave.



Handebol


Um resultado histórico no Handebol masculino, numa exibição monstruosa do experiente goleiro Maik (que vinha sendo preterido por Cesar Bombom) e de Chiuffa. O Brasil derrotou nada menos que a atual campeã europeia (que é como ser campeã do mundo, afinal a nata do esporte está lá) a Alemanha, num jogo emocionante, onde na maioria do jogo estivemos atrás do placar, a torcida foi fator determinante para inflamar o time e desestabilizar os adversários nos momentos de crescimento de nosso time e com isso o Brasil conseguiu nos minutos finais de jogo passar a frente e estabelecer uma diferença no placar, que culminou com o resultado de vitória por 33-30, encaminhando uma classificação inédita e que ninguém apostava antes do início dos jogos.

É claro que a torcida tem sido fator determinante, inflamando nossos meninos, dando uma confiança a eles única, impulsionada em muito pelo fenômeno do feminino. Mas é importante enfatizar a qualidade desse time, ao término do jogo em entrevista para o Grupo Bandeirantes, o jogador Petrus criticou duramente a falta de apoio ao esporte no Brasil, sobretudo pela falta de uma liga que permita o desenvolvimento do esporte e cabe um debate muito mais profundo sobre a falta de uma cultura poliesportiva nas escolas, mas isso é um debate pra depois, o que importa é que esses meninos estão indo longe com muita garra, com talento puro e merecem que se invista mais no esporte, para que eles tenham suporte já que a maioria são jovens e sobretudo para que haja uma renovação de cada vez mais qualidade também no masculino.



Seguimos muito bem no Boxe, hoje avançamos no meio-médio ligeiro com Joedison Teixeira, que em grande luta derrotou Abdelkader Chadi da Argelia e avança na competição, esperança de medalhas em várias categorias do boxe nestes jogos, estaremos atentos.



Natação


Na Natação, o "Tubarão" Phelps segue fazendo história nos jogos Rio 2016. Numa prova fantástica que envolveu o brasileiro e grande esperança até então de medalha Thiago Pereira nos 200m medley, o americano ganhou sua 22ª medalha de ouro em edições de olimpíadas, com um total de 26 medalhas conquistadas.

A prova foi empolgante, com Thiago nadando muito bem nas três primeiras passagens, chegando a brigar pelo ouro (borboleta, peito e costas), mas no nado livre (crawl) acabou perdendo fôlego assim como outro grande nome da prova, Ryan Lochte e terminou a prova apenas na 7ª posição. A prata na prova ficou com Kasuke Hagino/JAP e o bronze com Shun Wang/CHN, Lochte, ficou apenas na 5ª posição.

Um fato curioso (e quase impossível) ocorreu na prova dos 100m livre feminina, Simone Manuel/USA e Penny Oleksiak/CAN terminaram a prova rigorosamente empatadas e dividiram a medalha de ouro. Com o empate no ouro, restou dar apenas o bronze para Sarah Sjostrom/SUE. 

A boa notícia para o Brasil é que Bruno Fratus se qualificou para a final dos 50m livre, já Ítalo Manzine que "tirou" Cesar Cielo da disputa dos jogos, infelizmente fez apenas o 15º tempo nas semifinais e ficou de fora da final.



Por fim, vamos falar da derrota do selecionado brasileiro no Vôlei masculino. O desesperado time americano (já que vinha de duas derrotas) veio com a faca nos dentes e fez um jogo onde tudo deu certo para eles, vencendo por 3-1 (25-20, 25-23, 20-25 e 25-20). Perdemos a chance de eliminar um rival duríssimo, mas paciência é retomar o foco para vencer outro adversário perigoso no sábado, a Itália.




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Imagens: AFP e Reuters.



Amigos, estamos de volta pra analisar os principais fatos de mais um dia de de jogos, abordando agora a tarde e noite olímpicas. Destacando a vitória gigante no vôlei de praia masculino, o importante desempenho na ginástica artística masculina, mais uma vitória e classificação surpreendente no polo aquático, além do teste que a Austrália impôs ao "dream team" americano no basquete e outros resultados importantes do"Time Brasil".

Vôlei de Praia

 Foi um dia de distintas emoções no vôlei de praia. Se até aqui o feminino tinha dado mais alegrias, desta vez o efeito se inverteu. Num jogo heroico, onde torceu levemente o tornozelo ainda no 1º set, Alison ao lado de Bruno Schmidt superou a dor e a dupla italiana, para vencer por 2-0 (21-19 e 21-16), com a vitória a dupla garante a classificação na primeira colocação da chave.

Já no feminino, Agatha e Bárbara decidiram contra as espanholas Liliana e Elsa quem ficava com a primeira posição na chave, mas infelizmente erraram bastante e acabaram derrotadas por 2-0 (21-17 e 22-20), mas o que importa é que estão também classificadas.



Nas águas, grandes resultados para o "Time Brasil. Estivemos perto do ouro na Canoagem Slalom, com Pedro Gonçalves liderando até quase o fim da prova, mas terminando em 6º lugar, nada de fracasso, foi o melhor resultado de nossa história na modalidade, precisamos aprender a valorizar esses feitos, não apenas medalha. Outro grande resultado veio com Robert Sheidt na vela, classe lazer, onde numa recuperação fenomenal subiu ao 4º lugar e aumentou as possibilidades de medalha. Na classe 470, a dupla do Brasil formada por Fernanda Oliveira e Ana Barbachan também ficou na quarta posição, no dia que abriu as competições.

Também nas águas, mas nas piscinas, mais um grande resultado garantiu a classificação do selecionado masculino de Polo Aquático, num jogo duríssimo, o time conseguiu a virada após passar praticamente o jogo todo atrás no placar ante a forte Grécia, vencendo por 6-5 e garantindo vaga nas quartas de final, resultado inimaginável antes dos jogos e que traz expectativa de medalha. Outro grande destaque foi na Natação, onde Thiago Pereira nadou braçada a braçada com o fenômeno Phelps e garantiu vaga na final dos 200m Medley, com grande chance de medalha.



Na Ginástica, uma grande exibição dos brasileiros na final individual geral, com destaque para Sergio Sasaki, que conseguiu resultado inédito para o Brasil na prova, um 9º lugar e momentos de destaque na competição. Nessa prova o ouro foi para Kohei Uchimura (JPN), a prata para Oleg Verniaiev (UKR) e o bronze com Whitlock (GBR). 



Também no Boxe foi um grande dia para o Brasil, além da já comentada vitória de Michel Borges, fechamos mais uma vez com um grande desempenho, com o avanço de Robenilson de Jesus no peso galo, onde numa luta muito dura, derrotou por decisão dividida Hammachi (ARG). 




Vale destacar também o grande jogo do basquete nestes jogos, imaginava-se que não havia time que colocasse o "Dream Team" americano á prova, pois houve. O time da Austrália liderado pelo pivô Andrew Bogut protagonizou um jogaço espetacular, impondo um grande trabalho aos favoritos ao ouro, liderando o placar durante a maior parte do jogo e exigindo uma exibição fenomenal de Carmelo Anthony. agora maior pontuador em jogos olímpicos, para conseguir vencer a partida por 98-88, um jogo que mostra que é quase, mas não impossível encarar de frente o timaço de Anthony, Durant e todas as demais estrelas da NBA.



E por fim, vale destacar também mais uma segura vitória de nossas meninas no vôlei, que novamente não deram sopa ao azar e fizeram valer sua superioridade, enfiando 3-0 no Japão com 25-18, 25-18 e 25-22.



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Imagens: AFP.




Amigos, estamos de volta para mais uma análise de mais um dia de competições nos jogos olímpicos Rio 2016, dia com grandes vitórias como no basquete e algumas tristezas. Dia também onde Phelps mais uma vez fez história, vamos juntos.


Basquete

O dia foi de emoções fortes e opostas no basquete, no masculino, um jogo espetacular do selecionado brasileiro, que corrigiu os erros da estreia ante a Lituânia e bateu a fortíssima Espanha por 66-65, com direito a cesta vitoriosa da partida restando 5.5 segundos. 

Foi uma exibição que mostrou o real potencial desse time, o jogo coletivo finalmente apareceu com Huertas distribuindo o jogo magnificamente e uma grande atuação de todo o time, Leandrinho apareceu pouco, mas deu lugar a uma exibição fenomenal de todo o time, muito diferente do "dar a bola no Leandrinho e no Nenê", que foi no que se resumiu a exibição na derrota na estreia. Claro que não cabe aqui uma crítica a explorar nossos dois melhores jogadores, muito pelo contrário. Vimos um jogo onde os fundamentos funcionaram perfeitamente, defesa, arremessos (fora algumas chutadas do Nenê), rebotes ofensivos e defensivos e coletividade. Em jogando dessa maneira e tendo como fatores de desequilíbrio as atuações de Leandrinho e Nenê, temos sim condições de lutar por medalha, quem sabe pela Prata. 

Já no feminino infelizmente não fomos felizes, fizemos um jogo mais equilibrado ante a Bielorrusia, onde assim como contra a Austrália na estreia mostramos um bom jogo durante o primeiro tempo da partida. Mas depois com muitos erros, o time voltou a se desequilibrar e permitiu a virada por dois pontos das adversárias e ficou numa situação muito difícil no grupo, tendo de desesperadamente vencer as duas partidas finais, sendo que a próxima é nada menos que a França, ficou muito difícil. O placar final do jogo foi 65-63 e o triste de tudo isso é saber que apesar de estarmos longe de termos nossa melhor geração e organização no feminino, poderíamos fazer um jogo muito mais competitivo do que estamos fazendo, isso entra na conta do emocional e do preparo, entra na conta de Barbosa. Infelizmente o time feminino acabou de anunciar a perda da ala Tatiane Pacheco, que deixa o time ante a suspeita de caxumba. 




Judô - Nestes quarto e quinto dia de competições o nosso judô novamente ficou pelo caminho infelizmente. Mariana Silva vinha bem e chegou a disputar o bronze, mas acabou derrotada por Anicka van Emdem por yuko e com isso perdendo a medalha. Mas valeu o grande desempenho, afinal é importante registrar que ela não era considerada favorita a disputar medalha. Antes já havia caído Victor Penalber, que pegou logo de cara uma pedreira, Sergiu Toma/EAU

Já no 5º dia de competições, os brasileiros Maria Portela e Thiago Camilo, (este segundo grande esperança de medalha) começaram bem, mas acabaram eliminados. Thiago estreou vencendo lindamente o sul-africano Piontek aplicando um yuko no início da luta e atacando muito mais, até que no último segundo do combate, aplicou um ippon espetacular e venceu. Enquanto Portela estreou vencendo por yuko no Golden Score Ninag de Marrocos. 

Porém Portela acabou eliminada em decisão polêmica já no golden score, contra Bernadette Graf. Camilo por sua vez protagonizou um duelo duro contra Mehdiyev do Azerbaijão. Porém acabou derrotado por waza-ari. 




Vôlei de Praia - Desempenhos distintos no masculino e feminino, as duplas masculinas vão se complicando na competição. Pedro Solberg e Evandro sofreram a sua segunda derrota e jogam tudo na última partida. A dupla foi derrotada por 2-1 (21-17, 18-21 e 14-16) novamente pela dupla Saxton e Schalk/CAN. Larissa e Talita seguem com um grande desempenho e garantiram vaga na sequência da competição, ao derrotarem por 2-0 (21-16 e 21-13) Fendrick e Sweat/EUA as meninas vem forte na busca pelo ouro. 




Tênis - Novamente o torcedor brasileiro ficou dividido entre alegria e tristeza em uma modalidade. Enquanto Thomaz Bellucci derrotou Pablo Cuevas/URU por 2-1 (6-2, 4-6 e 6-3). A nossa grande esperança de ouro, a dupla Marcelo Melo e Bruno Soares acabou caindo para a dupla Mergea e Tecau/ROM por 2-1 (4-6, 7-5 e 2-6). 

Dentre os grandes tenistas, vale destacar Nadal, que avançou nas chaves de simples e duplas e estreia nas duplas mistas. Andy Murray também avançou ao derrotar por 2-0 o argentino Juan Monaco. Enquanto que a outra surpresa do dia ficou na conta da eliminação de Serena Williams também no simples, para Elina Svitolina (UKR) por 2-0 (6-4 e 6-3). 



Handebol - O Brasil entrou em quadra pelo masculino e feminino ante pedreiras e acabou derrotado. No masculino o time pegou a tradicional Eslovênia e parou no goleirão adversário, caindo pelo placar de 31-28. O Handebol masculino está alguns passos abaixo do feminino, mas está mostrando competitividade, tem tudo pra com o apoio da torcida passar de fase o que já seria um grande feito, e é isso, é jogar como franco atiradores daqui em diante, só de ter vencido na estreia já foi um grande feito. 

Já nossas meninas tomaram uma ducha fria ante a Espanha, as adversárias fizeram um jogo perfeito, sobretudo com Peña e Pinedo, enquanto nós erramos demais no ataque e com isso permitimos as adversárias sempre manter uma margem entre três e seis gols, que ficou impossível de ser tirada no fim da partida. 29-24 no placar final, é erguer a cabeça, entender os erros ofensivos e seguir em frente rumo a real chance de medalha. 


Ginástica - A equipe brasileira teve um desempenho abaixo de seu potencial na final por equipes, a tensão acabou sendo fator determinante, chegamos em alguns momentos a ter pontuação de bronze, mas terminamos apenas na oitava posição. O fator positivo é essa renovação no esporte, nosso melhor desempenho foi com a menina (dessa vez literalmente) Flávia Saraiva que tem toda uma carreira brilhante pela frente, assim como Rebeca Andrade que apesar de ter errado nessa prova final, mostrou muito talento nesses jogos. É a despedida da grande Daniele Hypolito, mas ela pode ir feliz com o legado que deixa e com tudo que deu pelo país na modalidade, mas também esperançosa de uma manutenção do nível da nossa ginástica artística feminina. O ouro ficou com os EUA, com destaque para Simone Biles, a prata com a tradicional Rússia e o bronze com a China. 




Já no Vôlei masculino, o time de Bernardinho derrotou o Canada por 3-1, caracterizado pela força, o time adversário venceu o primeiro set da partida por 26-24. Mas o time conseguiu fazer dali em diante um grande jogo, ótima atuação sobretudo de Lucarelli e venceu as parciais seguintes. Não é o caso de se lamentar a perda de um set nesse jogo, pela periculosidade do time adversário, que já venceu os EUA na competição. 

Vale destacar também pelo time brasil, os avanços no Boxe, com destaque para Michel Borges, que na categoria 81 Kg já está a uma luta de garantir medalha para o Brasil. 



Outros destaques deste dia 4 ficam por conta de dois americanos que fizeram história, Michael Phelps chegou ao seu 21º ouro, com 25 medalhas olímpicas na carreira, ao vencer as provas dos 200m Borboleta e o revezamento 4x200 livre. Enquanto a também americana Kristin Armstrong chegou ao tricampeonato olímpico no ciclismo de estrada, na modalidade contrarrelógio. 




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Imagens: Reuters, EFE e AFP.