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Amigos! Estamos de volta para mais um Resumão Olímpico, para falar de conquistas para o Brasil e demais destaques dessa reta final dos jogos Rio 2016, nesta que é a penúltima edição do quadro que tive a honra de conduzir aqui. Vamos juntos!




Isaquias Queiroz "o cara que traz as medalhas pra nós", o nosso "Oea" prometeu e cumpriu. O obstinado atleta da Canoagem tinha como meta conseguir três medalhas e se tornar o brasileiro com mais medalhas em uma única edição dos jogos, conseguiu.

Ele já havia ganho a prata no individual 1000m e o bronze nos 200m. Veio a apoteose nas duplas, ao lado de Erlon de Souza o garoto de 22 anos fez uma grande prova, ficou 750 metros na primeira colocação. Eles foram pressionados pela canoa russa mas conseguiram abrir dianteira. Mas novamente a pedra no sapato Brendel/ALE foi buscar o ouro, desta vez ao lado de Vandrey. Isaquias até se irritou ao fim da prova por ter ficado com a prata, mas logo percebeu-se do feito histórico e comemorou muito, inclusive exaltando o companheiro de canoa. O bronze na prova ficou com a dupla ucraniana Ianchuk e Mishchuk. 

Isaquias é sem sombra de dúvida (além claro, do futebol que conquistou o inédito ouro e tem um impacto incomparável no Brasil) o grande destaque do "Time Brasil" nesta edição em casa, dos jogos olímpicos. Elevou a canoagem brasileira a um nível inimaginável, figurou no pódio em duas distâncias bem distintas, os 200m e os 1000m e ainda teve esse feito inédito de conseguir três medalhas, quase que duas de ouro é bom citar. Tudo isso com apenas 22 anos, é magnífico, é um atleta que tem, no mínimo mais dois ciclos olímpicos pela frente, vem muito mais por ai. Tomara que decisões erradas não perdurem, como tirá-lo das duplas, por que um outro atleta estava e ficou triste, isso não é critério, o critério é desportivo, quem estiver melhor que vá para as competições e Isaquias mais do que mostrou do que é capaz, que essa decisão de seu treinador seja revista. E não seria exagero nenhum, tirar o nome do portuga e tornar a Lagoa Rodrigo de Freitas em Lagoa Isaquias Queiroz, um brasileiro, com traços indígenas, que veio do interior da Bahia pra orgulhar o Brasil, seria uma medida justa e patriótica.




No Vôlei masculino, o time brasileiro fez um jogo irretocável ante a Rússia para avançar á final, que acontece neste último dia dos jogos ás 13:15.

Lucarelli e Lipe, que manifestaram lesões na batalha ante a Argentina jogaram e jogaram bem, como todo o time que se manteve á frente do placar o tempo todo do jogo, ante uma equipe forte que não se entregava e tentava á todo custo equilibrar as ações, sem êxito. Vitória por 3-0, parciais de 25-21, 25-20 e 25-17. Vamos ficar na torcida para comentar mais um ouro para o Brasil, o sétimo nesta edição dos jogos, que já tem superado o recorde de medalhas para o Brasil.




No Futebol Feminino infelizmente não veio também o bronze. O time entrou em campo claramente ainda desnorteado pela perda da vaga na final, errou bastante, cedeu espaços ao jogo físico do Canadá, que acabou aproveitando e vencendo por 2 x 1. Nada de "fracasso" em relação á esse time, quem diz isso realmente não acompanha o que essas jogadoras passam, a maioria sequer tem clube pra jogar. Não basta termos o talento de Marta e Cristiane (que devem deixar a seleção) e também de Formiga (que com 38 anos, deixa a seleção), é preciso investimento em estrutura, estimular a criação de um calendário de temporada completa para o futebol feminino no Brasil, fazendo com que grandes clubes tenham departamentos profissional e de base ativos, também para as mulheres. A renovação não é um processo fácil, já vimos isso nestes jogos e a tendência não é boa. Vale o apelo de Marta, não vamos como população deixar de apoiar o futebol feminino, ao contrário, vamos exigir que haja a devida valorização.


Atletismo

 Outro feito histórico foi desse cara ai, Usain Bolt fechou a trinca de ouros nos 100, 200 e 4x100m rasos nestes jogos Rio 2016. O atleta que anunciou que não vai para Tóquio 2020 (e que esperamos que mude de ideia) venceu o revezamento com larga margem como sempre, ao lado de Asafa Powell, Nickel Ashmeade e Johan Blake, com o tempo de 37.27s. A prata ficou com o Japão e o bronze com o Canadá de De Grasse, após a eliminação dos EUA por pisarem na linha. O time brasileiro passou a linha de chegada em 8º, mas ficou com a 6ª posição após as punições de EUA e Trinidad & Tobago. 


Na Marcha Atlética 50km masculina um momento marcante que chegou a ofuscar o ouro, o atleta francês, favorito na prova Yohann Diniz passou mal, teve um problema intestinal, desmaiou. Mas não desistiu, ele que liderava a prova então, conseguiu voltar heroicamente e terminar a prova na 8ª colocação. Mais uma prova de que não pode continuar havendo preconceito com a modalidade, ninguém "rebola", são as regras do esporte, imagine ter de "andar" em alta velocidade, sem tirar um dos pés do chão em momento algum, tendo que pisar com o calcanhar passando pela planta até a ponta do pé, sem erro? É uma modalidade dificílima, talvez a mais dura do Atletismo, (há também, claro, Triatlo, Decatlo, pentatlo que são duríssimas) portanto é preciso respeitar, entender e admirar esses verdadeiros heróis e heroínas.

O ouro na prova ficou com Toth, da Eslováquia, a prata com Tallent/AUS e o bronze com Arai/JAP. O brasileiro Caio Bonfim foi o 9º, novamente o melhor brasileiro na prova, que contou com o 29º Jonathan Rieckmann e com Mário Santos que abandonou no Km 15. No feminino estivemos perto da medalha com Érica Sena, que ficou na 7ª posição. O ouro ficou com Liu/CHN, a prata com Gonzalez/MEX e o bronze com Lu/CHN. 




E mais uma "surpresa", mais uma medalha para o   Brasil nos jogos Rio 2016. Maicon Siqueira conquistou o bronze no Taekwondo, na categoria acima 80Kg, ao bater Cho/GBR numa luta duríssima, onde o brasileiro começou atrás na contagem dos golpes, mas foi obstinado para conquistar a virada e mais uma medalha para o país, além claro de um feito pessoal magnífico, outro atleta que viveu muitas dificuldades. O placar da luta foi de 5-4 para o brasileiro, que fez história sem sobra de dúvidas. Foi a segunda medalha na modalidade, a primeira no masculino. A anterior havia sido em Pequim 2008 com Natália Falavigna, também um bronze na categoria acima 67Kg. O ouro ficou com Isaev do Azerbaijão, a prata com Alfaga do Niger, que havia eliminado o brasileiro da disputa pelo ouro e o outro bronze com Cha/COR. 




E fica o convite novamente, para acompanharem nossa crônica do ouro no futebol (clique) e nossa edição final deste quadro, tomara que comentando o ouro no vôlei masculino.





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Imagens: AFP, Reuters e COB. 





É amigos, infelizmente não deu pra nossa seleção feminina de futebol, após o empate em 0 x 0 ante a Suécia, a goleira Lindahl que já havia sido destaque no tempo normal, decidiu nos penais com duas defesas e encerrou o sonho do ouro em casa.


O Brasil dominou as ações durante toda a partida. Uma espécie de armadilha montada pela genial treinadora Pia Sundhage, bicampeã olímpica, que usou a mesma tática do duelo onde eliminou os EUA, uma defesa muito sólida. Que quando era vencida pelo time de Vadão, encontrava uma goleira mais do que inspirada á sua frente. Mesmo com Marta novamente chamando o jogo e criando muito, o time brasileiro não conseguiu durante o tempo normal e a prorrogação transpor essa atuação defensiva adversária e o jogo foi para a prorrogação.

Na prorrogação, as suecas até esboçaram alguma ousadia no início. Vadão finalmente foi pro tudo ou nada colocando Cristiane, na esperança de ter a alternativa ofensiva que faltava, sem a camisa 11 o time virou um "dar a bola em Marta", o que evidentemente não vai funcionar sempre. Mas infelizmente a centroavante acabou não sendo acionada, tivemos uma grande chance em falta com Marta na prorrogação, mas após outra grande intervenção da goleira sueca, o jogo foi cozinhado até os penais.

Nos pênaltis perdemos duas, Cristiane bateu muito mal e parou na goleira. Bárbara foi muito bem em quatro dos cinco penais, mas pegou um magistralmente, o que não foi suficiente, pois Andressinha parou na última cobrança brasileira em uma defesa magistral de Lindahl pra fechar uma exibição épica. O time brasileiro disputa ainda a medalha de bronze.


Seguindo a linha do que foi comentado em nosso último Resumão Olímpico (acompanhe a mais recente edição), não se pode qualificar como fracasso tal resultado. Essas meninas são heroínas, são guerreiras, o futebol feminino além de não ter apoio é ainda alvo de preconceitos (tudo nessa "pátria" parece ser motivo de preconceito) absurdos, como o demonstrado pelo animador de TV Milton Neves, mas enfim, esse NÃO é do ramo esportivo, é do ramo do humor e de péssimo gosto. Mas o preconceito cretino está longe de ser apenas dele, e se mostra a única explicação pra que ainda não haja o desenvolvimento adequado também da modalidade feminina é esse, afinal, temos talento, temos possibilidades enormes de sermos potencias no feminino, é o esporte que move o país, enfim, não dá pra entender.

Existe um embrião de uma Liga Nacional, que precisa ser aperfeiçoado, os clubes precisam ser fomentados, estimulados a ter um departamento de futebol feminino forte e é fundamental que haja um calendário que compreenda toda a temporada. Além do aspecto que vale para todas as modalidades olímpicas, é preciso que nossos atletas tenham estrutura e apoio DESDE A BASE, "apoiar" depois que já são atletas de alto rendimento após muito sofrimento e ainda por cima colher os louros disso, é muito fácil. Temos uma geração de meninas muito boas, mas sem protagonismo, vamos sofrer nos próximos ciclos com a questão da renovação, nesse sentido é que essa conscientização e essas medidas se fazem cada vez mais urgentes.



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Foto: AFP 




Amigos, que momento espetacular vivemos na noite desta sexta (12) nos jogos Rio 2016,  após o 0 x 0 nos 90 minutos, as meninas do Brasil superaram a força física adversária, o cansaço e a tensão extrema da disputa de penalidades para vencer a Austrália e avançar as semifinais do futebol, graças á Bárbara, que pegou duas cobranças. Antes porém, gostaria de convidar a todos para também acompanhar nossa análise do dia no nosso Resumão Olímpico (Clique).


Foi um jogo muito duro, na etapa inicial a força física das adversárias falou mais alto, chegamos pouco graças a uma forte marcação pressão e muito vigor das rivais, que inclusive chegavam bastante duro em todas as divididas. Da metade do primeiro tempo em diante, o time brasileiro conseguiu se fazer mais presente no campo de ataque, porém sem Cristiane, não tinha poder de finalização.

Na etapa final o time comandado por Vadão enfim conseguiu impôr seu melhor jogo, sufocando as adversárias, que bloqueavam bem a entrada da área para segurar o empate. Marta em duas arrancadas espetaculares poderia ter resolvido, mas acabou não conseguindo finalizar bem e o jogo foi pressão até o final da prorrogação, que culminou com a tensão dos pênaltis.

Cobranças perfeitas de parte a parte, muita categoria, até que na última série o pesadelo, Marta (claramente sem pernas) bateu no cantinho, mas sem força e parou na goleira adversária, era a deixa para brilhar a estrela de nossa heroína, que fez defesas literalmente bárbaras. A primeira defesa importante e decisiva, a segunda defesa na oitava série de penalidades foi simplesmente genial, um chute no canto baixo, muito difícil que nossa arqueira foi buscar, pra delírio do Mineirão, que exorcizou o fantasma de 2014.



Muito se fala da diferença entre as escolas no futebol feminino, o Brasil tem a habilidade pura, as escolas europeias e a principal da categoria, a americana, conseguem aliar uma capacidade física muito alta, com a qualidade técnica. Já a Austrália tem como grande trunfo o porte físico e quase nos venceu. A Suécia que tem uma treinadora bicampeã olímpica com os EUA, certamente vai explorar isso, não podemos nos iludir com o 5 x 1 da estreia, elas jogarão como contra as americanas (que por elas foram eliminadas após 1 x 1 no tempo normal e penalidades), vão jogar por uma bola ofensiva e fechar-se na defesa, jogo muito similar ao que a própria Austrália fez conosco. Sair na frente, se possível cedo como na fase de grupos, jogando a responsabilidade para as rivais, pode ser um grande passo para chegar a decisão.

Outra situação que é preciso se observar para finalizar, é que Vadão tem totais méritos com esse time, é um grande treinador, mas precisa por vezes enxergar e utilizar alternativas de banco, faltou mais presença e penetração do nosso ataque neste jogo, Marta chamou praticamente sozinha a responsabilidade e isso poderia ter sido diferente, caso o treinador tivesse colocado Andressinha antes, tivesse colocado Raquel no jogo e talvez até mesmo utilizado Érica no ataque, posição onde a jogadora começou a carreira e poderia dar uma presença de área que não tivemos. É preciso estar atentos a isso, pois se tivéssemos sido eliminados com duas substituições na manga, sendo que uma das substituições possíveis foi feita de forma tardia, o treinador certamente seria severamente cobrado.



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Foto: Getty. 




Amigos, a seleção feminina que representa o Brasil nos jogos Rio 2016, cumpriu sua participação na primeira fase da competição com um empate sem gols ante a África do Sul. Porém isso não diminuiu o apoio e a esperança em torno delas, visto que já classificadas, pouparam grande parte do time, com destaque para Marta que entrou apenas na etapa final. Antes de irmos a analise do jogo e ao tema importante da comparação (absurda) entre homens e mulheres no esporte, gostaria de convidá-los a conferir a nossa fresquinha edição do Resumão Olímpico (Clique), que aborda os destaques do 4º e da manhã do 5º dia de competições nos jogos, convidando também para logo mais juntos, analisarmos a tarde e noite olímpicas e também o desempenho da seleção masculina, que joga a vida ante a Dinamarca. 



Bem, como já colocado, o time poupou atletas, o time se poupou um tanto em campo também, o que é bastante compreensível, visto as dificuldades físicas que o esporte impõe (vamos falar disso com afinco no fim). A já eliminada seleção adversária fez bem o seu papel, mostrando bastante força física chegou a incomodar no ataque na etapa inicial.


Na etapa final Marta entrou e buscou bastante o jogo, vindo por vezes buscar no início da jogada, criamos algumas oportunidades, a torcida apoiou bastante, sufocamos no fim, mas o jogo terminou mesmo com empate em zero, o que não diminuiu a festa em torno de nossas meninas na Arena da Amazônia com fenomenal público.

Fez bem Vadão em preservar a equipe, afinal o tempo entre as partidas é muito curto e o objetivo não pode ser dar show em todas as partidas, o objetivo é o ouro, é chegar o mais longe possível. Portanto, nesse caso a prudência é importante, até por que mesmo com o resultado de empate, enxergamos no time os valores que nos orgulham, como a coletividade e objetividade do nosso jogo.



Por fim, quero abordar uma questão muito mais forte do que esse jogo de cumprimento de tabela. Inacreditavelmente, estamos vendo nas redes sociais (onde mais não é?) uma absurda comparação literal entre homens e mulheres no futebol. Sugerindo que se colocassem o time feminino que dá show nas olimpíadas, ante as seleções masculinas de Iraque e África do Sul, elas fariam diferente e representariam bem o selecionado masculino.

Não pode ser sério que alguém proponha isso, é notório pra qualquer um que tenha uma mínima condição de analisar as coisas, que fisicamente o esporte e sobretudo o futebol gera uma exigência física diferente para homens e mulheres, não á toa as competições são separadas. O jogo feminino é bonito de se assistir pela plasticidade, pela habilidade, mas evidentemente o porte físico masculino se sobressairia, ou alguém em sã consciência crê que no futebol feminino seja possível arranques constantes de mais de 25 Km/h como no masculino? Nos ajude ai.

Nós mesmos fizemos nessa cobertura um paralelo entre o desempenho masculino e feminino (clique), mas jamais propondo tal absurdo. O que nós precisamos exaltar e do ponto de vista do futebol masculino lamentar e cobrar é que o time feminino joga sem vaidades (do aspecto moral), joga coletivamente, tem respeito pelo comando técnico e acima de tudo, tem uma camisa 10 e uma camisa 9 que PROPORCIONALMENTE hoje não temos no masculino, Neymar tem muito talento sim, é vencedor sim, faz o que quiser fora de campo nas folga, problema dele. Mas é inegável que não tem a qualidade técnica de Marta e NÃO É um 10 como ela, bem como o time masculino há uma década (no mínimo) não tem um centroavante com o faro de gol de Cristiane. São esses os aspectos que podem e devem ser debatidos, não se chegar ao cúmulo de propor a unificação do esporte, é patético.



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Foto: AFP 




Amigos, estamos de volta para falar de um tema interessante, apesar de triste. Que são os contrastes de desempenho entre as seleções masculina e feminina no futebol olímpico. Enquanto nossas meninas vão dando show, com duas exibições muito convincentes. Nossa badalada seleção masculina passa vergonha, com dois empates em zero ante as duas mais fracas (na teoria e muito provavelmente na prática) seleções dos jogos. O que acontece com uma seleção que tem nomes ofensivos interessantes e teve elogiados os métodos de trabalho de Micale? Por outro lado, podemos esperar uma disputa por ouro no feminino? Algo que boa parte dos que analisam futebol estavam céticos antes de a bola rolar. Vamos tentar juntos desvendar esses temas.


Com apoio praticamente nulo, sem uma liga nacional forte e com salários mundo afora muito menos estratosféricos do que os garotos destaque de nosso ataque, mesmo os que aqui jogam. As nossas meninas vão se mostrando heroínas, venceram com autoridade os dois primeiros duelos, ante a China (clique) e com uma goleada fantástica por 5 x 1 ante a forte Suécia que além dessa força tem a treinadora bicampeã olímpica.

O sucesso de nossas meninas encontra base na seriedade, no foco no objetivo, na total ausência de VAIDADE (não estética, que fique claro) das atletas. Ninguém nessa seleção quer ser a protagonista em detrimento as demais, O jogo coletivo funciona, todas servem e procuram umas as outras, fazendo com que o time tenha uma química de jogo perfeita. O selecionado feminino tem uma líder técnica perfeita que é a Marta, que consegue também exercer sua liderança no aspecto moral e motivacional. Porém a camisa 10 do feminino não centraliza em si o jogo, ao contrário, está sempre buscando as assistências, o melhor posicionamento de suas companheiras e está sempre focada no que importa, que é o jogo em si e não em picuinhas.

Por fim em relação ao feminino, além de todas as qualidades já citadas desse time de forma superficial apenas, tantas outras poderiam ser citadas, vale mencionar Cristiane e sua presença inigualável, a maior artilheira de todas as edições de jogos olímpicos, que nos gera preocupação pela lesão. A qualidade fundamental que o selecionado de nossas meninas RESPEITA o comando de Vadão e isso certamente também contribui para que o jogo coletivo flua tão bem. As americanas são sim favoritas ao ouro, mas a manter esse espírito, nosso time pode chegar forte e dar uma alegria ao povo brasileiro na final



Já no masculino a conversa é outra. O time está totalmente desorganizado, nestes dois empates em zero, ante África do Sul e Iraque vimos um desempenho absolutamente patético. Sem coletividade, cada um pegava  a bola e tentava resolver de seu jeito, aparecer como "o herói", sendo que fazer um grande jogo frente á esses adversários com todo respeito, não configuraria em ninguém heroísmo; Está se debatendo muito responsabilidades de Micale nesse desempenho horrível. No meu entendimento ele não tem o respeito dos atletas mais badalados do grupo que formam o ataque desse time, é a única forma racional de explicar a falta de pensamento coletivo desse time, a displicência e a forma como tem tentado ganhar na marra, levando o jogo pra briga ante adversários claramente inferiores.

Esse pessoal quer moleza, como ganha em meses, muito mais do que todas as gerações de Micale vão ganhar durante toda a existência deste sobrenome, jogam o que querem, como querem e não há como isso dar certo, as equipes adversárias vieram dar a vida, vieram com mita garra, com um verdadeiro espírito olímpico e esportivo. Já nossos "garotos", do "baixo" de sua imaturidade e petulância, vieram brincar de quem faz o gol, de quem faz a jogada individual e futebol não funciona mais assim. Caso não queiram ficar queimados, esses moleques precisam reagir urgentemente e se portar como homens, mesmo que ainda não sejam, afinal recebem como homens (e homens de alto gabarito) tem noites quentes de homens e carregam toda uma expectativa da população sobre si.

Está se fulanizando bastante em Renato Augusto uma responsabilidade por esse insucesso que estamos presenciando. Eu vejo de uma forma um pouco diferente, é um cara que na impossibilidade de levar Thiago Silva e Douglas Costa foi sim uma proposta válida pela capacidade de organização de jogo, por não demonstrar a vaidade que temos visto nos atacantes, um cara que cumpre uma função tática que os pleiteados Lucas Moura e Coutinho não cumprem (além do fato que dificilmente seriam liberados). Penso que o grande problema não está na presença de um jogador, independente da ERRADA opção de carreira que fez. O grande problema está nessa vaidade, nessa falta de coletividade e de respeito ao treinador e sobretudo da falta de uma real liderança, algo que nosso camisa 10 nunca é e nunca será.



Nossa torcida é claro para que a situação do futebol olímpico masculino se reverta, pelo talento que esses garotos tem, pela possibilidade do título inédito em casa, enfim. Mas depende apenas deles, se eles NÃO QUISEREM como tem demonstrado, não somos nós que vamos entrar em campo e jogar pra valer, sem a mesquinhez que eles tem demonstrado. E quanto as nossas meninas, essas sim que nos orgulham, merecem nosso incondicional apoio, independente do que aconteça na sequência dos jogos.



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Imagens: AFP 





Amigos, é com muita alegria que iniciamos nossa cobertura olímpica comentando uma vitória crucial para a seleção feminina de futebol do Brasil. Pra quem não acompanha com tanta assiduidade o futebol feminino, pode parecer absurdo o título da matéria, mas este é o "Grupo da morte" e a China era uma fortíssima adversária. Porém as nossas meninas impuseram seu jogo, passaram por uma retranca inicial (naquela proposta Asiática de velocidade), depois souberam conter e reponder com gols, momentos de impeto adversário. O placar não poderia ter sido melhor, 3 x 0, estréia com moral e saldo ante um adversário forte, grande vitória.


Como dito na introdução, inicialmente a China veio bastante recuada, tentando segurar um resultado pra buscar o contra-ataque, uma postura conservadora que acabou por nos ajudar, Perdemos algumas oportunidades, mas aos 35 conseguimos um gol, em jogada que contou com a participação de Marta e Formiga e foi concretizada em gol por Mônica. 

Nos minutos iniciais da etapa final a equipe adversária tentou crescer na partida, foi melhor nos minutos iniciais, mas as meninas brasileiras praticamente mataram o jogo aos 13, na jogada que começou com Andressinha e novamente teve a assistência de Marta, para a conclusão de Andressa Alves. Á partir de então o Brasil seguiu melhor, as adversárias em alguns momentos tentaram reagir, mas sem êxito. No fim, pra festa ficar completa, Cristiane testou pro gol na bola levantada por Andressinha, chegando assim aos 13 gols em partidas de olimpíada e deixando sua marca na grande vitória Brasileira.


É isso, estréia espetacular, o time funcionou muito bem, passou um pouco daquela apreensão pelo grupo da morte, a mescla da experiência com a juventudfe está sendo muito bem orquestrada por Vadão e temos sim, chances de brigar pelo ouro, o caminho será árduo, mas temos condições. Por fim, cabe enaltecer duas porturas. A de Marta, que mostrou não ser capitã apenas pelo aspecto técnico, deveria servir de exemplo pra outro camisa 10 e toda ovação (apláuso) para ela é digno e justo. E uma curiosa que foi a de Marco Aurélio Cunha (coordenador técnico da Seleção Feminina) que tinha na saída de campo, uma palavra especial pra cada jogadora. Confesso que pessoalmente, tenho minhas divergências com ele (muito por suas participações um tanto infelizes em programas de "humor esportivo") mas tal postura nos comove e certamente é útil para o moral do time.




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Foto: AFP. 






Amigos, as meninas do Brasil entraram em campo neste Sábado (25) para vingar o fiasco do Sub-22 Brasileiro e buscar o Ouro Panamericano, encarando a Colômbia, uma de nossas adversárias na briga pelo pódio no quadro de medalhas. E veio o ouro com um 4 x 0 avassalador.

Falando no nosso time Masculino, a medalha de Bronze veio apenas na prorrogação, após errar muito e tomar sufoco do Panamá, com direito á pênalti cometido, e defesa de nosso goleiro Andrey, e posteriormente o gol de Nuñez para colocar os adversários á frente do placar.

Na etapa final o Brasil melhorou e Luciano, que acabou sendo o destaque do time na competição (pouco demais pra uma Seleção de Base do Brasil) sofreu pênalti e converteu para restaurar a igualdade no placar e levar o jogo á prorrogação.

Na prorrogação Lucas Piazon foi o nome do Bronze, com um gol e uma assistência para Luciano, que decretaram a vitória e a medalha de Bronze para os garotos do Brasil.


Já o jogo valendo ouro para nossas meninas, começou bem para as nossas meninas, que abriram o placar já aos seis minutos de jogo, após cobrança de escanteio onde a defesa adversária foi toda em cima de Cristiane, Formiga a interminável ficou livre para mandar pro fundo do gol. Foi um jogo de muita luta na etapa inicial, marcação avançada e cerrada das duas equipes. A arbitragem foi questionável no 1º tempo, aplicou cartão amarelo em Cristiane em um choque com a goleira Supulveda que não foi intencional, quase que em seguida, a goleira Colombiana cometeu pênalti em Andressa Alves, mas a juíza não deu e ainda não acresceu o tempo de atendimento a goleira adversária (que ficou desnorteada graças ao choque e acabou saindo no intervalo) e ainda demorou a autorizar o retorno de nossa camisa 9, o jogo foi para o intervalo com vantagem Brasileira.

Na etapa final o jogo ficou mais franco, mais agudo, o Brasil melhor, porém quando descia a Colômbia levava muito perigo, e perigo este crescente, visto que o Brasil não matava o jogo. E aos 29 veio o gol tão esperado, gol este de uma de nossas talismãs, um golaço olímpico fenomenal de Maurine para dar mais tranquilidade á nossas meninas. O Brasil seguiu em cima e aos 41 minutos ampliou com Andressa Alves e na prorrogação Fabiana derrubou a coruja para finalizar o jogo com festa, uma vitória acachapante, sobretudo na etapa final, domínio total e Ouro com louvor. Uma participação irretocável na competição, de 5 jogos, 5 vitórias e 20 gols marcados, um show, ainda mais se analisado a falta de apoio que elas tem, parabéns á nossas meninas!


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Imagens: Ag. Estado e Reprodução Twitter (@timebrasil).