O aspecto folclórico do pleito presidencial parece não
sentir a ausência de Levy Fidelix (PRTB), que retirou a candidatura para apoiar seu
correligionário general Hamilton Mourão como vice na chapa de Jair Bolsonaro
(PSL). Para a saída do “candidato do aerotrem”,
há a resistência de José Maria Eymael (PSDC),
o autodefinido “democrata cristão” que participa da corrida pelo Planalto
apesar dos revezes das outras tentativas – 1998, 2006,
2010 e 2014. Na falta de ineditismo de Fidelix e Eymael, João
Goulart Filho, herdeiro direto do ex-presidente João
Goulart, último presidente eleito antes da ditadura de
1964, será candidato pela primeira vez, representando
o nanico Partido Pátria Livre – PPL, assim como Cabo Daciolo, o deputado da bíblia, pelo Patriota.
Com o fim do prazo dado pelo Tribunal Superior
Eleitoral – TSE para a apresentação das
chapas presidenciais, por meio das convenções nacionais, treze
candidaturas estão postas à escolha do eleitorado, e 26 é
o número de candidatos à presidente e vice-presidente do
Brasil nas eleições 2018.
Da direita à esquerda do espectro político, candidatos
iniciam a campanha por votos, oficialmente, no dia 16/08 e no
dia 31/08, com a veiculação de programas em cadeia de Rádio e TV. Antes
participam de dois debates na TV aberta: o primeiro, promovido pela Rede Bandeirantes, já realizado no dia 09/08 (clique!), e o segundo, no dia 17/08, pela parceria Redetv/Istoé e portal UOL.
Das treze chapas postulantes ao Planalto, duas são
encabeçadas por mulheres e outras quatro levam a
figura feminina no posto de vice. Marina Silva (REDE),
segunda colocada em algumas pesquisas de intenções de votos em cenários sem
o ex-presidente Lula, e Vera Lúcia (PSTU), sem pontuar nos últimos
levantamentos, são as candidatas oficiais de suas siglas à
Presidência da República enquanto as senadoras Kátia Abreu (PDT-TO) e Ana
Amélia (PP-RS), a líder indígena Sônia Guajajara e a pedagoga Suelene Balduino
Nascimento são as vices das chapas de Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB),
Guilherme Boulos (PSOL) e Cabo Daciolo (Patriota), respectivamente. O número de
candidatas à vice pode aumentar com a definição da chapa petista que,
independente de ser encabeçada por Lula ou Fernando Haddad, terá a deputada
federal Manuela D’Ávila como vice. Hoje a legenda confirma o ex-prefeito
paulistano como vice de Lula.
A suposta preocupação com a participação da mulher na política
acompanha a necessidade das siglas por recursos financeiros, já que a eleição presidencial
deste ano é a primeira em que doações de pessoas jurídicas estão proibidas, e
busca cumprir a nova legislação eleitoral, que estabelece fundo de 1,7 bilhão
de reais para o custeio de campanhas eleitorais e impõe a aplicação de ao menos
30% dos valores no financiamento de candidaturas femininas. Isso explica, em
parte, a corrida de candidatos a cargos majoritários por mulheres para compor
chapas.
“Santo” movimento de Alckmin e Ana
Amélia
Para tanto, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) fechou como “Centrão” (clique!) e permitiu que de lá saísse sua vice, a
senadora Ana Amélia (PP-RS). Candidatos pela coligação Para Unir o Brasil, Alckmin e Amélia registraram a candidatura no TSE antes do dia 15/08, data limite
para o registro, e declararam ter patrimônios de 1,4 milhão reais e 5 milhões
de reais, respectivamente. Enquanto o
candidato tucano é conhecido por “Santo”nas planilhas da Odebrecht (clique!), Ana Amélia recebeu o apelido de
“Véia” nos mesmos documentos. A senadora gaúcha se notabilizou, recentemente,
por apoiar ataques àcaravana do ex-presidente Lula pela região Sul do País e por
confundir a emissora de tevê “Al jazeera” com o grupo extremista islâmico “Al
Qaeda”, no episódio da entrevista dada pela também senadora Gleisi Hoffman
(PT-PR) ao canal árabe. À época, a senadora chegou a comentar que o PT estaria
convocando um exército de terroristas para defender o ex-presidente Lula, preso
desde abril.
Apoiadora do Impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, Ana Amélia é
ligada a movimentos à direita política, como MBL, e parlamentar requisitada pelo agronegócio sulista. Há quem
veja na escolha de Ana Amélia um movimento estratégico do ex-governador que,
primeiro, por acompanhar as negociações e ter a figura de uma mulher ao lado
durante toda a campanha e, segundo, por ter minado, ainda que pouco, a
candidatura de seu concorrente direto, Jair Bolsonaro (PSL), pelos laços da
senadora com grupos que também apoiam o capitão da reserva.
Apesar do pouco contato com Ana Amélia, Alckmin parece já ter se
contagiado pelo senso desorientado da gaúcha conservadora. O ex-governador
confundiu Angélica com Eliana durante participação em um evento comandado pelo
apresentador Luciano Huck, que diz ter preferência pela candidatura de Marina
Silva (REDE).
“Debatendo”
com Marina e Eduardo
Candidata pela terceira vez, Marina Silva enfim participa da
corrida eleitoral por seu partido, a REDE
Sustentabilidade. Se com o fim dos pleitos de 2010 e 2014 ela fortaleceu a
ideia de ser a terceira maior força política do País, atrás da polarização PT e PSDB,
este ano a candidata busca vencer apesar de defender os mesmos pontos e o mesmo
discurso, de inflexões “debatendo” e “dialogando”. Sem aprofundar ideias de
governo, a candidata condiciona a sociedade como a outra ponta do tal “debate”
e “diálogo”.
Ex-senadora e ex-ministra, Marina esteve no PT e passou pelo PV, de
onde saiu por não “compactuar com o fisiologismo” da legenda e fundar sua REDE. Em 2014, após a derrota em
primeiro turno, apoiou Aécio Neves no segundo turno e, hoje, parece ter aberto
mão do passado com o PV em troca de
alguns segundos no programa eleitoral de Rádio e TV para ser candidata ao lado
de Eduardo Jorge, seu vice e representante dos “verdes”.
Compor chapa com o ex-deputado federal e médico sanitarista do PV foi, de longe, o movimento mais
pragmático de Marina, já que seu partido tem sofrido esvaziamento ao ponto de
não assegurar a candidata nos debates. Sozinha, a REDE tem apenas três parlamentares, dois a menos que o mínimo
necessário, imposto por lei, para a participação em debates ou entrevistas.
Ciro tem
Abreu
Outro ex-ministro de Estado que pleiteia à Presidência da
República, Ciro Gomes (PDT) forma chapa com a senadora Kátia Abreu (PDT-TO),
simpática ao agronegócio e conhecida como “Miss Desmatamento” – por entidades
como GreenPeace, e fará campanha
apenas com o apoio do nanico AVANTE
após o insucesso nas negociações com o “Centrão” (clique!) e nas conversascom o PT (clique!).
Ótimo quadro, Ciro deve sofrer com o isolamento político que, em
parte, ajudou a construir. Apesar da pré-campanha desastrosa, de negociações
controversas promovidas por sua equipe, a candidatura de Ciro é necessária para
o bom debate.
Bolsonaro e
Mourão
O mesmo não se pode dizer da presença do candidato pelo PSL, deputado federal Jair Bolsonaro, na
disputa. A candidatura do capitão da reserva ameaça, sem receio, o bom debate
de ideias.
À base de frases prontas, como diria Ciro Gomes, Bolsonaro
apresenta-se como o diferente, o salvador, o mito, enquanto representa as
piores práticas da política: enriquecimento próprio e de sua família por meio
de dinheiro público que, apesar de lícito, é incongruente com o próprio
discurso do candidato que se coloca como o “novo”; o estelionato eleitoral de
reforçar termos-chave como maneira de ludibriar o eleitor e esconder seu
despreparo para exercer qualquer atividade pública, e o nepotismo à moda
coronel, aquele que usa do instrumento do voto, por meio do apoio em campanha,
para inserir parentes na política.
A ignorância política de Bolsonaro surfa na indignação –questionável
– de parte da sociedade brasileira para intimidar grupos historicamente
desamparados pelo Estado. Não por acaso sai ao ataque contra movimentos que carregam
pautas como a luta pela causa LGBTI, o combate à violência contra a mulher, o
fim do racismo e a igualdade entre os gêneros.
Após negativas da advogada Janaina Paschoal, do decadente Luiz
Philippe de Orleans e Bragança, e do pseudoastronauta Marcos Pontes, o vice de
Bolsonaro será o general da reserva Antônio Hamilton Martins Mourão, defensor confesso
da intervenção militar e filiado ao PRTB
de Levy Fidelix. Recentemente, Hamilton Mourão mostrou a que veio no pior dos
sentidos. O candidato à vice-presidente da República disse que o “Temos [o Brasil] uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena. Eu sou
indígena, minha gente. Meu pai é amazonense. E a malandragem, nada contra, mas
a malandragem é oriunda do africano. Então, essa é o nosso cadinho cultural.
Infelizmente, gostamos de mártires, líderes populistas e dos macunaímas".
Pode-se dizer que Mourão “veio para somar” na candidatura daquele escolhe
quem é “merecedor” de estupro ou fuzilamento. Bolsonaro é a força que catalisa
o movimento conservador ditado pela linha dura das delegacias e quartéis. O
capitão da reserva dá voz e vez ao general e, de quebra, ainda deixou uma
réplica sua no PATRIOTA, partido que,
com a colaboração do clã Bolsonaro, sucedeu o antigo PEN.
Daciolo: o candidato da bíblia
Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, conhecido como Cabo
Daciolo, é uma réplica piorada de Jair Bolsonaro. O “servo do Deus vivo” só
existe enquanto candidato à Presidência porque no início deste ano Jair Bolsonaro
ameaçou lançar sua candidatura pelo Partido
Ecológico Nacional –PEN, que, para atender o clã do capitão da reserva, veio
a ser PATRIOTA em um movimento que
levou congressistas a se filiarem à legenda nanica e deu o direito da
candidatura dita patriota de Daciolo participar de debates. Hoje a bancada do PATRIOTA no Congresso tem cinco parlamentares, o mínimo
exigido para participação nos debates. Até a passagem de Bolsonaro, o antigo PEN havia elegido apenas dois deputados
federais nas eleições 2014 e, acredito, não tinha a pretensão de lançar
candidatura própria à Presidência da República.
Eleito pelo PSOL
fluminense, Daciolo é egresso do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro e já
propôs a alteração de “povo” para “Deus” no trecho que diz “todo poder emana do povo”, do primeiro artigo da Constituição
Federal. O episódio o levou à expulsão da legenda esquerdista em 2015. Por um
ano, o hoje candidato pelo PATRIOTA
ficou sem partido até conseguir se filiar ao PT do B e, na sequência, o antigo PEN.
Acompanhado da pedagoga candanga Suelene Balduino Nascimento, que
é candidata à vice na chapa, Cabo Daciolo veio para renovar o folclórico
sistema eleitoral brasileiro que, neste ano, não tem Fidelix.
Boulos e
Guajajara: a via de escape
Por falar em renovação, a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) e
Sônia Guajajara (PSOL) parece cumprir a demanda, já velha, por novidades. Líder
do Movimento de Trabalhadores sem Teto –
MTST, Boulos apesar da forte ligação com o PT lançou-se candidato à Presidência pelo PSOL, partido fundado por ex-petistas contrariados com as decisões
políticas do partido de Lula, e tem liderado uma campanha à moda psolista: em contato
direto com a faixa mais jovem do eleitorado, principalmente ligado ao mundo
universitário, e com a classe média/alta artística e cultural.
Guilherme Boulos tem 36 anos e traz como vice Sônia Guajajara,
líder indígena natural do Maranhão. Sua candidatura difere de outras já
lançadas pelo PSOL em apenas um ponto:
Boulos é líder de um grande movimento social, ou seja, tem volume eleitoral,
coisa que nenhum outro candidato da legenda socialista nunca teve – ou tem nos
casos dos postulantes à Câmara e Senado Federal. Contudo, o programa de governo
difundido por ele é o mesmo, salvo algumas atualizações, dos postulantes de
outros tempos. Isso acontece, acredito, porque a direção do PSOL mantém as rédeas de sua posição
ideológico-programática sob seu controle. Ao menos essa é a impressão para quem
está de fora.
A candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) ocupa o mesmo campo de
Ciro Gomes (PDT). Campo que, como tudo indica, deve apontar a verdadeira
renovação política.
Tríplex:
Lula, Haddad e Manu D’Ávila
Presodesde 7 de abril (clique!), o ex-presidente Lula será registrado como
candidato do PT à Presidência da
República no dia 15/08. No entanto, como o registro deve ser cassado pelo TSE por infringir a Lei da Ficha Limpa,
o PT já definiu como deve sua posição
no pleito de outubro: levar a candidatura de Lula o mais longe possível à base
de liminares e recursos, caso se faça necessário, enquanto o ex-prefeito de São
Paulo, Fernando Haddad (PT), e a deputada estadual do Rio Grande do Sul Manuela
D’Ávila (PCdoB) percorrem o País em campanha como possíveis candidatos à
presidente e vice-presidente do Brasil, respectivamente.
A estratégia tem como único objetivo manter o poder de transferência
de votos de Lula, na casa de 30% segundo alguns levantamentos, caso o seja
proibido de levar a sua candidatura até às urnas nos domingos 02/10 e, em caso
de 2º turno, 28/10.
Ainda assim, em um cenário com Lula fora da eleição, a coligação “Brasil feliz de novo”, de PT, PCdoB, PROS e PCO, acompanha o
movimento por renovação ao trazer Haddad e Manuela D’Ávila como candidatos. A
força política do ex-presidente não embargaria uma chapa e um programa de governo
que parecem representar tão bem o nosso tempo, uma candidatura própria do
século XXI.
O movimento pela liberdade de Lula, a principio, trata-se de se
fazer justiça, já que o ex-presidente foi condenado e está preso em um processo arbitrário e sem material probatório (clique!). Sua presença nas urnas é um direito que não
pode ser violado. E o mais importante: não o garante como vitorioso.
Amôedo dos
bancos
Ligado ao mundo financeiro de CityBank,
BB-Creditansalt, Fináustria e Itaú-BBA,
João Amoêdo representa o NOVO no
pleito presidencial. NOVO é o partido
fundado em 2011 e registrado no TSE em
2015, e não as ideias que, a propósito, são as mesmas defendidas há tempos por
candidatos do mercado financeiro: privatização irrestrita de estatais e a
austeridade para a felicidade e lucro dos rentistas.
Apesar de defender o mesmo neoliberalismo de sempre, Amoêdo ao
menos mantém retórica coerente a sua história e não deixa dúvidas quanto à sua
posição. Por esse lado e em uma estrutura em que ludibriar é regra, João Amoêdo
é “novo” ao prometer comercializar o patrimônio público e propor a mesma
contrarreforma da Previdência de Temer. Seu vice é o doutor em ciência política
Christian Lohbauer.
Alvaro
Dias e Rabello de Castro: a velha política velada
À contramão do movimento por renovação há a candidatura de Alvaro
Dias (PODEMOS) e Paulo Rabello de Castro (PSC). E pior, para a chapa do PODEMOS não basta representar a velha política,
tem de usar o discurso chavão dos nossos tempos: se colocar como novo na política.
Dias entrou na política ao final da década de 1960, como vereador
no município de Londrina. Já na década de 1970 esteve na Assembleia Legislativa
paranaense como deputado estadual. Ainda na década de 1970, foi para Brasília
como deputado federal e senador, retornando ao Paraná já ao final da década de
1980 para concorrer, e ganhar, o governo do Paraná. Até abril deste ano, Alvaro
ocupava uma das 81 cadeiras do Senado Federal, onde está desde 1999. Ao longo
de quase 50 anos de carreira política, o candidato da coligação PODEMOS, PSC, PRP e PTN passou por oito
legendas – PMDB, PST, PP, PSDB, PDT e PV.
O dito “novo” Alvaro Dias defende a operação Lava Jato ao ponto de
prometer que, em um eventual governo, o juiz Sérgio Moro será seu ministro da
justiça. Ao seu lado na campanha, o economista Paulo Rabello de Castro foi
presidente do BNDES sob o (des)governo
Temer e é investigado pela PF por ter participado de esquema de fraudes no “Postalis”,
fundo de pensão dos Correios.
Alvaro Dias é candidato sem ideias ou propostas para os problemas
do País. Dias está ao nível de Alckmin, com a diferença da retórica do segundo
ser um pouco melhor. Aliás, Dias e Alckmin ocupam o mesmo campo político, aquele
escorado na muleta –literalmente – das velhas promessas vazias.
Meirelles
de Temer: a velha política descarada
Além de incorporar a velha política, Henrique Meirelles (MDB)
representa a continuidade do (des)goveno Temer, o mais impopular desde há
redemocratização.
Ex-ministro da fazenda de Michel Temer, Meirelles tem usado do
período em que esteve à frente do Banco Central, ainda sob o governo Lula – uma
das muitas contradições políticas do ex-presidente –, na elaboração de seu
discurso e tapar os laços com o presidente-nosferatu. Ele está no pleito ao lado
de Germano Rigotto (MDB), ex-governador do Rio Grande do Sul, para carregar a pecha de candidato de Temer e deixar o caminho livre para Geraldo Alckmin (clique!).
Henrique Meirelles tem patrimônio em paraísos fiscais (clique!) e foge de Temer recorrendo
à Lula. Tão no quanto a expressão “não
existe luta de classe”.
Eymael, o
democrata incansável
Do alto dos 78 anos, José Maria Eymael (DC) é candidato a
presidente do Brasil pela quinta vez e o presidenciável mais velho do pleito.
Sua participação política não se restringe a insignificância do
lema “democrata cristão” ou do jingle
“Ey ey Mael”. Eymael foi deputado constituinte,
é dono do Partido Social Democrata Cristão
– PSDC e típico cacique político brasileiro: mantém a existência de seu
partido, sem ideologia, em troca do fundo partidário, na ordem de 980 mil reais
anuais.
O pastor da Assembleia de Deus do Rio de Janeiro e professor na Faculdade Cristã do Brasil – FCB, Helvio
Costa (PSDC) é o vice de Eymael.
Vera Lúcia
e a “esquerda golpista”
Vera Lúcia e Hertz Dias são os representantes do Partido Socialista dos Trabalhadores
Unificado –PSTU no pleito presidencial. A ex-operária do setor de calçados
do estado de Sergipe e o professor da rede de ensino do Maranhão compõe a chapa
que sabe, desde sempre, que não vai ganhar.
O partido é tachado de “golpista” por legendas como o Partido da Causa Operária – PCO, também
do espectro à esquerda, pelo seu posicionamento, em dado momento, contrário à
nomenclatura “golpe” para o impeachment de Dilma Rousseff, e pelo isolamento no
campo esquerdista.
Goulart Filho,
o dejavú está completo
Milicos. Direita e esquerda. Censura. Convulsão social. Tópicos
que remontam a década de 1960, do golpe militar sobre o presidente João
Goulart, em 1964, e do início da ditadura de 21 anos, e compõem facilmente o
Brasil de hoje.
Filho de “Jango”, João Goulart Filho é candidato à Presidência da
República pelo Partido Pátria Livre – PPL
ao lado do jurista Léo Alves, que se dispôs para ser vice na chapa.
Para alguns, levar Goulart Filho ao Planalto, ou seja, eleger o
candidato do nanico PPL seria uma
"reparação histórica" pelo o que a conjuntura política de 1960
provocou ao então presidente João Goulart.
Para o articulista, não, não seria reparação alguma eleger um
presidente da República pela sua linhagem familiar a despeito de propostas
e de força política, que, neste caso, desacompanham o presidenciável.
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Trabalho espetacular Claudio, parabéns!
ResponderExcluirMuito bom artigo, parabéns.
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