Campanha tucana facilitou para o eleitorado ao reunir todo o atraso político
Variando entre 4% a 9% da preferência do eleitorado, de
acordo com pesquisas de intenções de voto, o pré-candidato à Presidência da
República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, reúne 40% do tempo de Rádio e TV para a
sua campanha; fechou aliança com partidos atolados em problemas com a Justiça e
promete ser o (des)governo Temer sem o presidente-nosferatu. Alckmin garante
que estará no segundo turno das eleições de outubro, mas, antes, precisa
combinar com o eleitorado que, em sua maioria, ainda segundo levantamentos
recentes, deseja a volta do ex-presidente Lula.
Se por um lado o candidatoCiro Gomes (PDT) ganhou com a ida do “Centrão”, grupo integrado por DEM, PP,Solidariedade, PRB e PR, para a aliança em torno da pré-candidatura tucana(clique!), o eleitorado também parece ter ganhado com a transação. Aos que
ainda estão em dúvida sobre qual candidato escolher, está aí a oportunidade de impedir
que modus operandi do fisiologismo, que leva à ocorrência de crimes de
corrupção, principal problema do País para 61% da opinião pública, de acordo levantamento
IBOPE, mantenha-se mesmo após o domingo de 2 de outubro, marcado para a realização do primeiro turno
das eleições. Para aqueles que alardeiam desde os tempos de PT que o “Brasil
precisa ser passado a limpo”, a anunciada união entre Geraldo Alckmin (PSDB), “Centrão”
e PTB, de figurascomo Roberto Jefferson e sua filha deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ)(clique!), permite retirar a candidatura do ex-governador de São Paulo do
hall de opções para outubro.
O “casamento eleitoral”, firmado na quinta-feira (26), rendeu
4min:46s em dois blocos diários para a campanha que defende a agenda caótica e
entreguista de Temer e que condicionou à aliança não somente ao pleito de
outubro, mas também à votação pela presidência da Câmara Federal na próxima legislatura,
numa demonstração velada das intenções do grupo. No acordo, o deputado
federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) terá o apoio das legendas em uma eventual
terceira candidatura do democrata – gentílico para quem é filiado ao DEM - à
presidência da Casa. Isso, caso o eleitorado do Rio o reconduza à Câmara. A
aliança extrapola esta campanha. É um projeto de manutenção do poder.
No discurso programático, Alckmin e Temer guardam muitos
pontos em comum. Desde o desmonte da cadeia de direitos sociais ao sucateamento
de serviços públicos com o objetivo de repassar a responsabilidade e entregar o
patrimônio ao empresariado, preferencialmente ao capital estrangeiro, ambos projetam
a mesma agenda ao País e devem caminhar juntos nesta eleição, apesar de, à luz
da mídia tradicional, estarem separados.
O tucano será o candidato de fato do (des)governo, já que o de direito caminha para ser o
ex-ministro Henrique Meirelles (MDB), que terá sua candidatura confirmada na convenção
emedebista marcada para o dia 04/08. Em campanha, Meirelles é quem carregará a
pecha de ser o candidato oficial do impopular (des)governo Temer, enquanto Alckmin
tentará navegar pelas águas da experiência, apesar do discurso controverso de
que “não representa o que está aí” e aliando-se aos que sempre estiveram aí.
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