Olá fãs da velocidade! Finalzinho de julho é sempre o momento que a Fórmula 1 tira suas férias de verão, com o tradicional intervalo de 4 semanas e a volta à ativa no GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps. Dessa vez, coube ao Grande Prêmio da Hungria encerrar a primeira metade da temporada, e no travado circuito húngaro vimos muito suspense, porém pouca ação propriamente dita. Melhor para Sebastian Vettel, que venceu mais uma em 2017 e viu a liderança para Lewis Hamilton crescer em mais quinze pontos.
Um excelente sábado rendeu à Ferrari a primeira fila no treino classificatório, com Sebastian Vettel na pole position. Concorrente direto na luta pelo título, Lewis Hamilton partia em quarto, atrás de seu companheiro de equipe, Valtteri Bottas. Na 3ª fila, a dupla da Red Bull aparecia também como possível ameaça aos carros mais rápidos. Aparecia, pois logo na segunda curva, Verstappen travou forte o pneu dianteiro esquerdo e acertou em cheio o companheiro Daniel Ricciardo, causando o abandono do australiano. Um lance completamente involuntário de Max, porém que custou para o time dos energéticos.
O mais surpreendente porém acabou sendo a atitude dos comissários, que mesmo vendo o revendo a batida, decidiram punir Max em 10 segundos! A prova mais clara do erro da direção de prova é que o lance entre Magnussen e Hülkenberg (ocorrido já perto do fim da corrida) foi absolutamente idêntico ao de Verstappen, e resultou em apenas 5 segundos de punição ao dinamarquês. Isso sem contar o toque muito parecido de Hülk em Grosjean, no início da prova, que sequer gerou punição. Uma baita saia justa, em que a direção de prova não precisava ter se metido.
Graças ao travado traçado de Hungaroring e a turbulência monstruosa dos atuais carros da F1, a corrida seguiu sem muita ação nas voltas que se sucederam. O cenário só mudou na primeira (e única) rodada de pit stops. Primeira a entrar nos boxes, a Mercedes foi eficiente e colocou ambos os pilotos em posição de ataque para a Ferrari de Kimi Räikkönen, que por pouco não assumiu a ponta após sua parada. Mal sabia o finlandês a enorme diferença que fariam esse míseros décimos de segundo.
Com problemas na direção do carro, Vettel era sistematicamente mais lento que Kimi, porém ciente de seu papel de segundo piloto, o finlandês hesitou em arriscar uma manobra. Mesmo pressionando a equipe pelo rádio, Räikkönen foi comunicado para manter as posições de pista, ou seja, basicamente escoltar Vettel para a vitória, defendendo-o do ataque das Mercedes que vinham forte à caça de uma vitória.
Percebendo que Hamilton vinha num ritmo melhor que Bottas, a Mercedes usou da mesma receita: inverteu as posições entre Hamilton e Bottas, colocando o inglês para pressionar Räikkönen. Mesmo dando o máximo de si, a falta de pontos de ultrapassagens e a turbulência na curva que antecede a única reta do circuito contribuíram para que o inglês não tivesse sequer a chance de dividir uma curva com a Ferrari #7. Kimi, por usa vez, sempre manteve certa distância de Sebastian, cumprindo à risca seu papel de escudeiro.
Antidesportivo? Com certeza absoluta! Mas não é de hoje que conhecemos a Ferrari. Sabemos da história do time italiano sempre preferir um de seus dois pilotos e usar das ordens de equipe para conseguir o que deseja. Pode dar certo (como nos anos com Schumacher) ou dar errado (como nos anos de Massa e Alonso). É uma escolha, particular, que prejudica o espetáculo, mas não infringe o regulamento, portanto é legal.
Ainda antes do fim da prova, deu tempo de Fernando Alonso fazer das suas com a McLaren Honda. Além de realizar uma linda manobra sobre Carlos Sainz para garantir o sexto lugar, o espanhol fechou o GP com a melhor volta da prova! Stoffel Vandoorne completou o bom fim de semana para o time britânico, fechando em 10º lugar, Mais uma prova que o chassis continua sendo aceitável, falta apenas a Honda cumprir a sua parte do contrato.
No final deu Vettel, escoltado bem de perto por Kimi. Procurando evitar um mal estar desnecessário dentro do time, Hamilton obedeceu a ordem e devolveu o terceiro lugar cedido por Bottas, fazendo com que mais uma vez os dois finlandeses subissem ao pódio. Resta agora para Vettel quebrar a maldição de Hungaroring: desde 2004 (com Michael Schumacher), nenhum piloto vencedor na Hungria se tornou campeão do mundo ao fim daquele ano. Poderá Seb quebrar esta escrita? Veremos...
Por enquanto, Vettel segue firme na liderança do campeonato. São 14 pontos de vantagem para Lewis (202 a 188). Bottas segue persistente na terceira colocação com 169 pontos. No mundial de construtores, a dobradinha da Ferrari ajudou, mas os italianos ainda seguem relativamente longe. Neste momento, são 39 pontos de vantagem dos alemães (357 a 318), com a Red Bull bem atrás, somando 184 pontos.
Confira a classificação do GP da Hungria
Bom, agora entramos no tradicional período de recesso da Fórmula 1. Serão 4 semanas de descanso, até o retorno em Spa-Francorchamps. Continue acompanhando nosso trabalho aqui no blog, nos encontraremos novamente no finalzinho de agosto. Abraços e até lá!
Um excelente sábado rendeu à Ferrari a primeira fila no treino classificatório, com Sebastian Vettel na pole position. Concorrente direto na luta pelo título, Lewis Hamilton partia em quarto, atrás de seu companheiro de equipe, Valtteri Bottas. Na 3ª fila, a dupla da Red Bull aparecia também como possível ameaça aos carros mais rápidos. Aparecia, pois logo na segunda curva, Verstappen travou forte o pneu dianteiro esquerdo e acertou em cheio o companheiro Daniel Ricciardo, causando o abandono do australiano. Um lance completamente involuntário de Max, porém que custou para o time dos energéticos.
O mais surpreendente porém acabou sendo a atitude dos comissários, que mesmo vendo o revendo a batida, decidiram punir Max em 10 segundos! A prova mais clara do erro da direção de prova é que o lance entre Magnussen e Hülkenberg (ocorrido já perto do fim da corrida) foi absolutamente idêntico ao de Verstappen, e resultou em apenas 5 segundos de punição ao dinamarquês. Isso sem contar o toque muito parecido de Hülk em Grosjean, no início da prova, que sequer gerou punição. Uma baita saia justa, em que a direção de prova não precisava ter se metido.
Graças ao travado traçado de Hungaroring e a turbulência monstruosa dos atuais carros da F1, a corrida seguiu sem muita ação nas voltas que se sucederam. O cenário só mudou na primeira (e única) rodada de pit stops. Primeira a entrar nos boxes, a Mercedes foi eficiente e colocou ambos os pilotos em posição de ataque para a Ferrari de Kimi Räikkönen, que por pouco não assumiu a ponta após sua parada. Mal sabia o finlandês a enorme diferença que fariam esse míseros décimos de segundo.
Com problemas na direção do carro, Vettel era sistematicamente mais lento que Kimi, porém ciente de seu papel de segundo piloto, o finlandês hesitou em arriscar uma manobra. Mesmo pressionando a equipe pelo rádio, Räikkönen foi comunicado para manter as posições de pista, ou seja, basicamente escoltar Vettel para a vitória, defendendo-o do ataque das Mercedes que vinham forte à caça de uma vitória.
Percebendo que Hamilton vinha num ritmo melhor que Bottas, a Mercedes usou da mesma receita: inverteu as posições entre Hamilton e Bottas, colocando o inglês para pressionar Räikkönen. Mesmo dando o máximo de si, a falta de pontos de ultrapassagens e a turbulência na curva que antecede a única reta do circuito contribuíram para que o inglês não tivesse sequer a chance de dividir uma curva com a Ferrari #7. Kimi, por usa vez, sempre manteve certa distância de Sebastian, cumprindo à risca seu papel de escudeiro.
Antidesportivo? Com certeza absoluta! Mas não é de hoje que conhecemos a Ferrari. Sabemos da história do time italiano sempre preferir um de seus dois pilotos e usar das ordens de equipe para conseguir o que deseja. Pode dar certo (como nos anos com Schumacher) ou dar errado (como nos anos de Massa e Alonso). É uma escolha, particular, que prejudica o espetáculo, mas não infringe o regulamento, portanto é legal.
Ainda antes do fim da prova, deu tempo de Fernando Alonso fazer das suas com a McLaren Honda. Além de realizar uma linda manobra sobre Carlos Sainz para garantir o sexto lugar, o espanhol fechou o GP com a melhor volta da prova! Stoffel Vandoorne completou o bom fim de semana para o time britânico, fechando em 10º lugar, Mais uma prova que o chassis continua sendo aceitável, falta apenas a Honda cumprir a sua parte do contrato.
No final deu Vettel, escoltado bem de perto por Kimi. Procurando evitar um mal estar desnecessário dentro do time, Hamilton obedeceu a ordem e devolveu o terceiro lugar cedido por Bottas, fazendo com que mais uma vez os dois finlandeses subissem ao pódio. Resta agora para Vettel quebrar a maldição de Hungaroring: desde 2004 (com Michael Schumacher), nenhum piloto vencedor na Hungria se tornou campeão do mundo ao fim daquele ano. Poderá Seb quebrar esta escrita? Veremos...
Por enquanto, Vettel segue firme na liderança do campeonato. São 14 pontos de vantagem para Lewis (202 a 188). Bottas segue persistente na terceira colocação com 169 pontos. No mundial de construtores, a dobradinha da Ferrari ajudou, mas os italianos ainda seguem relativamente longe. Neste momento, são 39 pontos de vantagem dos alemães (357 a 318), com a Red Bull bem atrás, somando 184 pontos.
Confira a classificação do GP da Hungria
Bom, agora entramos no tradicional período de recesso da Fórmula 1. Serão 4 semanas de descanso, até o retorno em Spa-Francorchamps. Continue acompanhando nosso trabalho aqui no blog, nos encontraremos novamente no finalzinho de agosto. Abraços e até lá!
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