Vamos acompanhar
semanalmente o mandato do prefeito tucano João Dória à frente da Prefeitura de
São Paulo. O Gestor, como ele bem frisa, terá muito trabalho no comando da
maior cidade da América Latina, e estaremos atentos a todas as suas ações.
Portanto, todo sábado, traremos aqui um compilado do que o mandatário realizou
em suas atribuições.
5ª Semana De taxistas
vigia a “Guardiões da Cidade”
Chegamos ao inicio de mais um mês de Dória à frente da
Prefeitura. E mesmo o mês e a semana sendo nova, a briga é velha e a cada dia
mais ingredientes se somam para incorporar o cozido de pixo. No domingo (29),
ainda se repercutia a proposta enviada pelo prefeito à Câmara de Vereadores,
solicitando o pagamento de multas no valor de R$ 5 mil aos pichadores pegos em
flagrante praticando o ato, que segundo as leis vigentes é vandalismo, em
prédios públicos e privados, além de monumentos e patrimônios públicos da
cidade. Outro ponto da proposta é o uso dos taxistas como X9, não a escola de samba da ZN que está no Grupo de Acesso do
carnaval paulistano, mas permitir que eles façam o “serviço sujo” de notificar
a Prefeitura com fotos, vídeos e depoimentos que ajudem na punição dos
pichadores. Em contraproposta o sindicato pediu ao Dória que ele impeça a
regulamentação do UBER na cidade.
Comprar e convocar outros para a briga parece ser à saída do prefeito para a “batalha
do spray”, em relação ao pixo.
Para não desacostumar, o prefeito ainda passou a manhã de
domingo (29), tapando buracos pelas calçadas do Butantã, na Zona Oeste, pelo Calçada Nova/ Mutirão Mário Covas. Pela
tarde se encontrou com o padrinho, Geraldo Alckmin, na Sinagoga da Congregação
Israelita Paulista, onde foi convidado para discursar nas homenagens aos
vitimados no Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.
Imagem: QUADRINSTA (@Quadrinsta no Instagram) |
Fevereiro, sinônimo de carnaval. E carnaval outro pequeno
problema para Dória. O prefeito anunciou a cobrança de uma taxa que pode chegar
a R$ 240 mil para os blocos de rua de fora da cidade que forem estrear no
carnaval desse ano e que tendem atrair elevados públicos pelas vias da cidade.
A medida, segundo a Prefeitura, é uma ação para organizar e atender melhor os
foliões que, de alguns anos para cá, povoam as ruas da cidade para brincar o
carnaval. Ainda segundo a Prefeitura, blocos que atraírem públicos acima de 20
mil pessoas estão proibidos. A criação da taxa provocou em ao menos dois
baianos, Carlinhos Brown e Daniela Mercury, um ar de que eles não seriam bem
vindos na cidade. O baiano, dono do “Ajayô”, em entrevista a colunista Monica
Bergamo, da Folha, falou que entende
a Prefeitura, mas em um discurso ideológico, frisou que o respeito à cultura
brasileira tem que ser compreendido. "Sei
que o prefeito está defendendo São Paulo, mas é preciso pensar na cultura
brasileira. O Carnaval não tem bairrismo. Chega de muros! Vamos abrir
pontes". Brown ainda disse que os patrocinadores cobrem os custos, mas
não a taxa. A Monica também publicou que a Daniela Mercury não deve vir para o
carnaval paulistano por causa da taxa de Dória. Mesmo com essas baixas
significativas, a Prefeitura divulgou bons números para o carnaval desse ano.
Segundo ela, serão 495 blocos pelas ruas da cidade a partir de 17/02.
O prefeito aproveitou a semana para realizar um balanço
sobre o primeiro mês de sua gestão. Anunciou a conclusão do curso cedido pela
Prefeitura aos moradores de rua pelo programa “Trabalho Novo”. Segundo ela, 58 pessoas se formaram e já ganharam
emprego em setores de limpeza e manutenção. O programa espera erradicar o
número de moradores nas vias da cidade. Ainda relacionado ao “Trabalho Novo”, outra etapa do
programa, os “Espaços Vida”, tiveram avanços.
A Prefeitura conseguiu fechar acordos com construtoras para os 83 centros que
ela pretender construir pela cidade.
A Prefeitura ainda anunciou números atualizados do programa “Corujão da Saúde”. Segundo esses
números, 100 mil pacientes tiveram seus exames realizados e 320 mil, de uma
fila de 485 mil pacientes com exames pendentes, já agendados. O secretário de
Saúde, Wilson Pollara, chamou atenção para o número de pessoas que agendaram os
exames, mas não compareceram. De acordo com o secretário quase 30 mil exames
foram agendados, mas por motivos não explicados, os pacientes não conseguiram
comparecer.
Como bem sabemos, o nosso prefeito é master em dar nomes a
programas, iniciativas, ações e movimentos. A semana não poderia terminar de outra
forma que não a divulgação da nomenclatura que será usada no programa que
determina aos taxistas auxiliar na zeladoria da cidade. A Prefeitura anunciou
nessa sexta (03) que “Guardiões da Cidade”
é o nome da ação que já, segundo o Prefeito, conta com 45 mil taxistas. Pedir
auxilio, ou melhor, conveniar um determinado grupo para combater ações que
outro determinado grupo apoia, não me aprece ser a melhor medida. Talvez seja a
velha história de colocar uns contra os outros.
Até o fechamento desse artigo, o Prefeito não tinha
publicado nada em relação a sua presença em algum bairro, pintando guia, tapando
buraco ou plantando uma árvore.
Fiscalize conosco o Prefeito na página da Coluna "Mais SP" do JC! (Clique)
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É, uma semana cheia de ações questionáveis. Primeiro que se USA os Taxistas para uma guerra contra pixadores e também com artistas do grafite. O "engraçado" é que estes mesmos taxistas são os grandes alvos de assaltos nas noites paulistanas. Eles terão esse apoio e esse "poder de polícia" para defenderem-se, seja dos tradicionais bandidos, seja de repressão dos próprios pixadores? É complicado.
ResponderExcluirDepois, o Prefeito que disse "odiar taxa", SOBRETAXA o carnaval, que bloco de rua vai arcar com isso? Tomara mesmo que esse programa com os moradores em situação de rua dê certo, não é só o trabalho que tira da rua, há que ter moradia.
Sobre o Corujão, por que acha que "não conseguiram" comparecer?