Eleições 2016 - Perfil: João Bico (PSDC)

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Vamos juntos conhecer um pouco sobre a biografia, propostas e visão de cada candidato à Prefeitura de São Paulo. O edifício Matarazzo nunca esteve tão concorrido. Ao todo são 11 candidatos ao posto de mandatário do executivo Municipal e você os conhecerá um a um, em posts regulares.

Empresário do setor da iluminação pública e atual vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), João Bico de Souza (49), é o candidato do PSDC (Partido Social Democrata Cristão) ao cargo de gestor da cidade de São Paulo. Nascido no bairro da Penha, no extremo da zona leste, João é o caçula de uma família humilde de seis filhos. Se orgulha, por muitas vezes, em mencionar o seu passado familiar, contando a história de seu pai, João Ferreira de Souza, migrante nordestino e operário que “trabalhou durante 35 anos em um só emprego” ( transcrição do foi dito por ele, tanto na sabatina da USP como na sabatina da EBC), e de sua mãe, dona de casa, Maria Bico de Souza, por terem dado a ele toda uma “base familiar, com seus valores, mesmo que passando muitas adversidades” (também falado por ele nas sabatinas).

João Bico, candidato pelo PSDC; Foto: ACSP

Bico, atualmente mora na zona norte da cidade, mas foi no centro que ele pôde desenvolver sua expertise empresarial. Aos 13 anos, ele começou a trabalhar como office-boy para uma loja de luminárias, lâmpadas e fios, na região da Santa Ifigênia (Maior shopping a céu aberto de eletroeletrônicos da América Latina) e com o seu “jeito comunicativo e articular, seguiu o conselho do chefe, de trabalhar como se a empresa fosse sua” **, pouco tempo depois se tornou sócio da loja. Em 1990, com 23 anos, assumiu o cargo de vice-presidente dos diretores lojistas da Santa Ifigênia e quatro anos depois , em 1994, fundou a Tecnolamp do Brasil, empresa que presta serviços de iluminação pública, com luzes especiais para praças, avenidas, igrejas, shoppings e para ocasiões comemorativas, como a iluminação de cidades no Natal, e para campanhas institucionais (Outubro Rosa e Novembro Azul). Formado em administração de empresas (nesses cursinhos de bairro), ele teve a mestria de ter aprendido falar Inglês sozinho, devido a sua necessidade de negociar com empresários estrangeiros. Desde 2009, ele é um dos integrantes das Forças de Paz da ONU no Brasil, sendo nomeado Embaixador Mundial do Marco da Paz.

João Bico no meio da foto, ao lado do também candidato à Prefeitura, Major Olimpio (SD); Foto:ALSP

Diferente de 2014, quando conquistou pouco mais de 6500 votos, ao se candidatar pelo PSD a uma cadeira na Assembleia Legislativa, João esse ano, além de ter mudado de partido, mudou também o discurso, deixou Kassab e se juntou a Eymael – Ocupante do “cargo vitalício” de candidato do PSDC a toda e qualquer eleição, é também o Presidente Nacional da legenda – e lança um plano de governo todo voltado, baseado na doutrina que o seu partido impõe, o Cristianismo (que durante sua campanha, mais do que nunca, se tornou sinônimo da palavra respeito) como solução dos problemas da maior cidade da América Latina.

Foto:ACSP

 Contando com propostas que vão desde a solução para “problemas familiares”, como a inédita Secretária da Família, que na ideia, será um refugio aos que precisarem de auxilio nas questões familiares e terá o oficio de manter os “valores da família”, até inovações que prometem desafogar o trânsito da Capital e dar um alento no transporte público, como o Ônibus de Passagem Elevado (veiculo que está sendo construído na China e que se move sobre o fluxo, ou seja, sobre os carros, contando com os seus trilhos nas margens das ruas e avenidas), o candidato está levando ao eleitor paulistano um projeto de uma São Paulo mais tecnológica, harmônica e solucionável. 

Bico comete os mesmos erros que os outros candidatos, apresentam ideias interessantes, mas não explica os meios que serão utilizados para êxito dessas ideias. Na realidade, ao construir esses artigos eu tenho percebido que esses “Planos ou Programas de Governo” não passam de formalidades que os candidatos têm entregado ao TSE. Uma pena, pois acredito que somente assim teríamos a chance de conhecer e escolher alguém que realmente faria algo pela cidade. Desde já faço um apelo aos candidatos: UM BOM PLANO DE GOVERNO É O MÍNIMO QUE VOCÊS PODEM FAZER, ENTÃO, AO MENOS, FAÇAM ESSE MÍNIMO!