Amigos e Nação Corinthiana! A parcela de vocês que efetivamente lê meus textos, sabe que eu sou contra a descontinuidade de trabalho dos treinadores e não vejo isso como solução em time nenhum, muito menos no meu. Por outro lado, como já venho destacando nos textos anteriores (clique), Loss estava perdido, já não tinha mais o que tirar do time e isso ficou evidenciado na noite desta quarta (05), onde após a derrota por 2 x 1 ante o Ceará, o Diretor Duílio Monteiro Alves é quem veio dar entrevista, para anunciar o retorno de Loss a função de auxiliar e com rápida movimentação, Jair Ventura foi anunciado o novo comandante.


Eu digo que ficou ainda mais evidente a necessidade de afastar Loss do comando da equipe, não apenas pelo resultado, se eu analisasse assim seria um péssimo comentarista, como há muitos por aí, mas sim pelo desempenho apresentado pelo time, absolutamente pífio. Contra o Ceará a gota d'água, em tese o treinador fez tudo certo, não escalou dois volantes fixos (ambos aliás vem muito mal) tentou manter a ideia do centroavante de ofício e colocou Romero e Pedrinho nas pontas, até aí ok, é o que o material humano permite, mas a resposta em campo foi péssima.

Na etapa inicial uma marcação totalmente frouxa, o bom sistema ofensivo formado pelo bom técnico Lisca tinha liberdade e dava trabalho a defensiva do Corinthians, conseguindo uma falta na entrada da área, cobrada com maestria por seu goleiro, sem dar chances a Walter que já vinha salvando o time. A marcação seguiu péssima e na etapa final mais um gol, em bola onde Mantuan foi driblado e no cruzamento Avelar foi infeliz no corte marcando contra. Um breve momento de iluminação no passe de Jadson para o gol de Roger, mexidas em tese boas, mas as quais o time não respondeu e a inevitável derrota que culminou no fim da passagem, realmente, alguma providência tinha de ser tomada.


"Ah, então tu mudou de opinião Garcia? Agora reconhece Loss como o principal culpado pelo momento do time." Não cara pálida, eu não "mudei de opinião", eu analiso futebol e quem lê com atenção meus textos sabe que além de enxergar o jogo, eu sei muito bem fazer uma justa divisão de responsabilidades. Loss era sim PARTE de algo que não estava dando certo, o time já não respondia, a marcação estava absolutamente frouxa em todo o sistema defensivo, o ofensivo estava tímido demais e o momento começou a ser daqueles dramáticos, onde o treinador começa a jogar pelo emprego e não pela vitória, começa a jogar pra não perder. E vocês trabalhadores que estão lendo, sabem que em toda atividade, quando tu trabalha com medo de perder o emprego, aí é que perde, pois o serviço não sai bem feito.


Uma pequena parte do problema está resolvido, mas a esmagadora maior parte segue lá e está aí ao lado.

A astronômica dívida, a INCOMPETÊNCIA EXTREMA em conseguir patrocínios e investimentos para o clube, inclusive atrapalhando sua imagem, como um político que não comparece as sessões da câmara e investigado em várias frentes, além das escusas negociações de contratos de atletas, que deixam o clube a ver navios nas vendas e refém dos empresários, fazem com que o clube agora sofra, após sim, ganhar títulos e estar em evidência no cenário nacional. Se estivéssemos falando de Economia (e de certa forma estamos), não seria absurdo dizer que o clube sob as gestões da "Renovação e Transparência" (nome que agora soa como uma piada de péssimo gosto) acabou formando uma bolha, que agora estoura no clube e no torcedor. Será difícil a reconstrução e não acho que seja com esse modelo de gestão que ela ocorrerá.


A opção por Jair Ventura pode parecer (e é) controversa, mas apesar de toda a minha oposição aos que hoje comandam o clube, eu vejo coerência nessa decisão.

Sempre defendi que o clube tem um modelo de jogo implementado desde a volta da Série B, primeiro de forma rudimentar com Mano Menezes, depois aprimorado por Tite e mantido por (que uns - que agora sumiram todos, como não existissem, não tem coragem de assumir o que dizem - diziam ser pior que Loss) Carille, cujo nas vezes em que se tentou sair disso não deu certo, com Oswaldo de Oliveira (que eu reputo bom treinador) e com Cristóvão Borges (que eu reputo um cara que ainda vai dar certo na carreira).

Jair não, apesar do pai, é um cara que segue essa filosofia de primeiro arrumar a cozinha como diria o Tricolor Sílvio Luiz, para depois atacar, contragolpear. Dentre os fatores técnicos que levaram a demissão de Jair no Santos (clique), o principal e mais tolo deles era o desejo da conselheiraiada de que o time "jogasse bonito", sendo que ele mal tinha material humano (lembrem-se de que não tinha ainda vindo reforços para o time) para jogar sequer, que dirá "bonito". Aqui no Corinthians não tem isso, se ele conseguir arrumar o sistema defensivo e conseguir organizar o time para se soltar bem para o ataque, como fez no Botafogo, a torcida não terá (salvo aquelas exceções) qualquer reclamação em relação a ele. Então cabe apoiar na chegada e torcer para que ele arrume sim o time.


Não seria mudando completamente a filosofia de campo (a diretiva sim, precisa mudar e é uma pena que o MP não tenha dado elementos para tal) que o time iria mudar como por mágica, menos ainda ressuscitando treinador que conseguiu brigar em todos os últimos clubes por onde passou, isso sim poderia gerar o quase nulo perigo de queda. Nosso papel daqui em diante é continuar apontando os erros de forma inteligente, mas dentro das quatro linhas e do trabalho de Jair, apoiar.





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Imagens: Acervo JC (GazetaPress, Ag. Corinthians, Santos FC). 



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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