Artigos por "Pelas Barbas"
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Após 12 dias de muita angústia e apreensão, as buscas pelo servidor da Fundação Nacional do Índio – FUNAI Bruno Pereira e pelo jornalista britânico Dom Phillips foram encerradas com o pior desfecho possível: a confirmação de que foram assassinados no coração da floresta amazônica, enquanto faziam uma expedição por comunidades do Vale do Javari, na região de tríplice do Brasil com Peru e Colômbia. A localidade é remota e marcada por crimes envolvendo grilagem de terras, pesca ilegal e narcotráfico.

Os principais suspeitos pela execução e ocultação dos corpos são os irmãos pescadores Amarildo da Costa Oliveira, que confessou a localização dos restos mortais de ambos, e Oseney de Oliveira.


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O período de preparação para a campanha eleitoral que se iniciará apenas em 16 de agosto está sendo marcado por muitos ruídos de cunho ideológico. Se para alguns, são compreensíveis dada a disputa eleitoral, para outros representam o desvirtuamento de causas nobres em troca de espaços esvaziados de poder.

Exemplos disso são a insistência de Lula e do PT na conciliação; o eleitorado do presidente “outsider” Bolsonaro assistindo de camarote as articulações da chamada Política Real, aquela bem descarada; e os vigias de uma pretensa moral pública simpatizantes de Moro desorientados, contudo, resilientes.


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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, está no centro de uma série de denúncias de favorecimento no empenho e liberação de recursos do MEC a municípios do País, por meio de dois pastores evangélicos que sequer ocupam cargos no (des)governo Bolsonaro. A imprensa hegemônica explorou o assunto ao longo de toda a semana, enquanto no Congresso há uma mobilização para encontrar as maneiras corretas de iniciar uma investigação acerca dos supostos eventos. 

Geraldo Alckmin foi a sétima assinatura na fundação do PSDB, em 1988. Depois de 33 anos, agora é oficialmente filiado ao Partido Socialista Brasileiro – PSB, de centro-esquerda, e estará com o ex-presidente Lula na campanha presidencial que se aproxima. O ex-governador de SP em três oportunidades está prestes a ser confirmado como vice na composição puxada pelo petista.


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O conflito na Ucrânia, já com mais de 15 dias de duração, segue dominando o noticiário do mundo e, não diferente, o brasileiro, fiel reprodutor das grandes agências e veículos de notícias estadunidenses e europeias. Por aqui, a repercussão ainda é bem confusa, dado o desconhecimento geral acerca do contexto da relação Rússia-Ucrânia e, claro, a tentativa sempre presente de usar a guerra para mobilizar as pessoas em torno dos seus interesses.

Enquanto na Eurásia domina a tensão, no Brasil, as articulações políticas para as eleições dominam os bastidores. Federação, composição de chapa e alianças regionais são negociadas, aparentemente, longe das bases.


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A escalada de tensão envolvendo Rússia e Ucrânia, acompanhada de perto por países da Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN, que há semanas toma conta do noticiário geopolítico, alcançou novo patamar com a operação militar especial autorizada pelo presidente russo, Vladimir Putin, na quinta-feira, 24/2. Com a justificativa de atender a um pedido de ajuda feito pelos governos das chamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, recentemente reconhecidas como tal pela Rússia, militares russos entraram em território ucraniano com o objetivo de “desmilitarizar e desnazificar” aquele país. 

No primeiro dia da operação militar, segundo o governo russo, mais de 70 bases militares da Ucrânia foram desativadas, enquanto as suas tropas avançavam em direção à capital, Kiev. 


Puxado pelos Estados Unidos, parte do Ocidente condenou a situação e impôs nova leva de sanções a instituições e lideranças russas. 

O Brasil, por ora, manifestou o desejo de que os países encontrem uma saída diplomática, por meio de uma mesa de negociação.

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A semana foi marcada por episódios de comunicadores, com espaços nas redes que alcançam milhões de pessoas, expressando opiniões simpáticas à ideia de legalização de partido nazista e fazendo gesto comparado ao feito em reverência ao líder do regime antissemita. Os dois protagonistas foram afastados de suas funções, mas as polêmicas ficaram e com elas os crimes cometidos.

Com os dias, foram suscitadas algumas discussões pertinentes, desde, por exemplo, a distinção entre nazismo e comunismo até os impactos da precarização do jornalismo, passando pelo comportamento e reação das mídias sociais e do marketing digital a situações parecidas.


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Os partidos PT, PSB, PC do B e PV avançaram nas tratativas para registrar a primeira federação partidária. Em reunião na quarta-feira 26/1, representantes destas legendas chegaram a rascunhar como será a composição da chamada Assembleia-geral, colegiado responsável pelas decisões da aliança pelos quatro anos de vigência. No primeiro desenho, dos 50 lugares, o PT teria 27, PSB 15, e PC do B e PV dois, cada.

A federação partidária deve sair do papel também para PSOL e Rede, em conversas avançadas para formalizar a parceria também por quatro anos. Os partidos têm até o primeiro dia de março para protocolar a aliança no Tribunal Superior Eleitoral – TSE.


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Agora é para valer. Na segunda semana de 2022, a eleição presidencial, as disputas para o legislativo e os pleitos regionais retomaram seu devido lugar na pauta do noticiário, principalmente no que se refere às articulações de bastidores para a composição das chapas e alianças. Lula segue liderando as pesquisas e seu staff conversa com Geraldo Alckmin para concluir as tratativas. Ou vai, ou racha. No PDT de Ciro Gomes, a ex-ministra Marina Silva seria “bem-vinda” caso queira sair de vice, mas a presença do marqueteiro João Santana no comando da comunicação parece ser um problema.

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O presidente nacional do Partido da Causa Operária – PCO, Rui Costa Pimenta, participou de uma edição do programa Pânico Jovem Pan, no qual, por menos de uma hora, pôde expor os princípios da legenda, sua visão acerca da conjuntura política e convidar os espectadores a conhecer os canais da sigla. Na entrevista, Pimenta falou bastante sobre o comportamento dos movimentos da esquerda nacional cada vez mais descolado da classe trabalhadora, o que explica o crescimento da rejeição.

Pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes está vendo sua postulação perder o terceiro lugar no amontoado de pesquisas eleitorais. O trabalhista parece ter sido deixado para trás por Sérgio Moro, presidenciável do Podemos.


O senador do PT de Sergipe, Rogério Carvalho, contrariando a orientação da liderança de seu partido no plenário do Senado, deu o voto que garantiu o avanço da proposta de resolução com regras para o chamado Orçamento Secreto. A posição tem dado muito o que falar porque, para alguns, o senador teria traído o consenso da bancada de não respaldar esta dinâmica de troca de favores entre o (des)governo Bolsonaro e parlamentares, por meio das emendas do relator.

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De todas as possibilidades aventadas para compor eventual chapa presidencial representada pelo ex-presidente Lula, a que mais tem dado o que falar é a que cogita uma aliança com Geraldo Alckmin, um dos fundadores do PSDB, adversário histórico do PT. A princípio, muita gente considerou mera especulação ou até plantação. Contudo, lideranças petistas (Luiz Marinho, presidente do diretório paulista da legenda, por exemplo) confirmam que há conversas em tal sentido.

A ideia consistiria em um movimento duplo: sacar Alckmin da disputa eleitoral no estado de São Paulo, abrindo espaço para a postulação de Fernando Haddad, e selar aliança com o PSB, uma vez que o ex-governador estaria prestes a deixar o ninho de tucanos rumo ao partido de centro-esquerda.


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A pouco menos de um ano para as eleições de 2022, o pleito, principalmente a disputa pela presidência da República, tem sido alvo de várias especulações. Algumas, inclusive, com cara de aposta. Da suposta necessidade de composição com empresário(a) em chapa de esquerda ou articulação para unir adversários históricos, passando pela volta de um ex-juiz com trajetória para lá de controversa com possibilidade real de levar, a bolsa de apostas anda aquecida na imprensa.

Como não é de hoje o clima de campanha eleitoral antecipada, pegou muita gente de surpresa a notícia da suspensão da pré-candidatura de Ciro Gomes porque parte da bancada do PDT na Câmara votou a favor da PEC dos Precatórios, que, na prática, autoriza o calote do (des)governo a credores, apesar das determinações judiciais. Como a proposta foi votada apenas em 1º turno, tudo indica que a decisão de Ciro é temporária e, mesmo coerente com suas convicções, cumpre mais o papel de o colocar em evidência na mídia na esteira de sua estratégia de comunicação.


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Nesta semana, o governador de São Paulo, João Dória, conseguiu uma vitória daquelas que com certeza fará questão de ostentar como trunfo: aprovou na Assembleia Legislativa sua contrarreforma administrativa, com mudanças significativas nas carreiras dos servidores estaduais, sobretudo na área da educação. Fim das faltas abonadas, contratação de temporários durante greves e fim do reajuste do adicional de insalubridade são alguns dos pontos da proposta. 

Além da aprovação da medida, Dória também participou de um “debate” com os tucanos Arthur Virgílio e Eduardo Leite realizado na sede do jornal O Globo (não há ninho melhor).  Os três são candidatos na disputa das prévias do PSDB para ver quem será o presidenciável da sigla em 2022.


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A revelação de que Paulo Guedes, ministro da economia do (des)governo Bolsonaro, é proprietário de uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, um dos muitos paraísos fiscais, parece ter surpreendido o “total de zero pessoas”, como se brinca nas redes sociais. Por enquanto, nada foi feito em relação ao claro conflito de interesse de quem detém o monopólio da política econômica do País, com forte influência no câmbio, e ao mesmo tempo lucrou, pelo menos, 14 milhões de reais nos últimos dois anos com a empresa no estrangeiro.

Em São Paulo, no sábado 2/10, durante a manifestação na Av. Paulista, Ciro Gomes, presidenciável pelo PDT, foi vaiado e xingado enquanto discursava. Depois, enquanto saia do local, foi alvo de uma tentativa de ataque por pessoas com camisetas da CUT e da Juventude do PT.


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Como manda a tradição, o presidente brasileiro fez o discurso de abertura da reunião anual da Assembleia-Geral das Nações Unidas, realizada esta semana na sede da ONU em Nova Iorque. Jair Bolsonaro, pelo terceiro ano consecutivo, usou do pronunciamento para vender ao mundo o seu Brasil, um tanto paralelo, em que tudo está indo muito bem, obrigado. 

O rolê de Bolsonaro e cia pela metrópole estadunidense é o assunto da conversa desta edição.


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No dia 7 de setembro é lembrada a Independência do Brasil. O deste ano está rodeado de muita expectativa, já que estão sendo convocadas manifestações em apoio ao (des)governo Bolsonaro, numa tentativa, para alguns desesperada, de demonstração de força popular. No universo das redes sociais, vídeos, imagens e áudios agitam os simpatizantes do presidente, sempre sob o mote de uma cruzada contra tudo e todos.

Às vésperas da data, vale a pena analisar todas as possibilidades de leitura a respeito do que pretende o lado de lá, principalmente em relação aos desdobramentos, o tal dia seguinte.

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O início de agosto marcou o avanço e retomada do poder do Afeganistão, país na Ásia central, pelo Talibã, grupo de viés fundamentalista islâmico com quase 30 anos de atuação no país e no vizinho Paquistão. Enquanto o Ocidente, totalmente influenciado pelos EUA, observa a movimentação com certo ceticismo, o Oriente, notadamente China e Rússia, trabalha para manter algum grau de relação com a cúpula do agrupamento.

Este Pelas Barbas analisa a formação e desenvolvimento do Talibã e o que pode se esperar desse novo momento na conturbada história do Afeganistão, além dos possíveis reflexos para o resto do mundo.


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O incêndio dos pés da estátua do bandeirante Borba Gato em São Paulo no sábado 24/7, reivindicado por um grupo autodenominado “Revolução Periférica”, tornou-se tema quase que permanente no debate das redes sociais, já há muito polarizadas. São das mais diversas as opiniões a respeito da ação, das possíveis motivações e do perfil daqueles que organizaram a queima.

Tendo assumido a organização e a participação no caso, segundo seu advogado, Paulo Galo, um dos precursores do movimento Entregadores Antifascistas, que reúne trabalhadores precarizados dos aplicativos, e Géssica Barbosa, sua esposa, foram presos, o que desencadeou uma onda de manifestações de solidariedade ao casal.


Este programa faz uma reflexão a partir da repercussão do incêndio e do que pode ser o norte da esquerda brasileira para as próximas manifestações de rua.

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Por mais uma vez a cúpula dos três Poderes da República busca aparar as arestas provocadas por supostos desentendimentos entre seus representantes nas últimas semanas. Afinal, com tantas semelhanças e tão poucas diferenças entre si, estes atores da política institucional brasileira, de fato, são porta-vozes de grupos distintos ou só estão fazendo jogo de cena, enquanto fazem parte de uma única coletividade? Existe mesmo três poderes?

Estas perguntas dão o tom da estreia do #PelasBarbas, programa quinzenal com a participação de Daniel Faleiros, do canal Barba Dialética.