Vamos acompanhar
semanalmente o mandato do prefeito tucano João Dória à frente da Prefeitura de
São Paulo. O Gestor, como ele bem frisa, terá muito trabalho no comando da
maior cidade da América Latina, e estaremos atentos a todas as suas ações.
Portanto, todo sábado, traremos aqui um compilado do que o mandatário realizou
em suas atribuições.
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47ª Semana De alteração
de rota à administração pífia
Já era. O prefeito João Dória parece enfim ter desistido da loucura em
lançar-se na corrida pela Presidência da República no próximo ano. Ele, após
muitas viagens que lhes renderam apenas títulos de cidadania – ou seja, nada -
e investigação do Ministério Público, garante não ser presidenciável – talvez
nem mesmo “anti-lula” -, e terá de ficar no Edifício Matarazzo como prefeito,
cargo pelo qual ele demonstra muita resistência. A decisão do agora
“ex-presidenciável”, em deixar a disputa, deu-se devido ao pior momento dele
neste quase um ano de administração. O prefeito tem assistido seu secretariado
esvair-se após pressão da imprensa e vê a necessidade de fortalecer o que
considera como base de governo. Se antes, Dória sonhava com o Planalto, hoje se
contenta com o Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado. Segundo
interlocutores, Dória estaria tentando emplacar seu nome como candidato tucano
para substituir Alckmin. Mas, ainda segundo interlocutores, isso não seria
fácil porque o senador José Serra também estaria de olho no Bandeirantes, e
contaria com o apoio do atual presidente do PSDB , o ex-governador Alberto Goldman,
aquele que para Dória é “improdutivo e fracassado” – 40ª Semana -.
Dória, que não viaja há um tempo e tem reduzido à participação em
palestras e congressos em dias úteis, tenta impor uma “agenda positiva” neste
fim de ano. Porém, “João Agripino Dória Jr” e “positivismo” não combinam, e
isso tem sido o principal inimigo do prefeito. Ele não consegue fazer nada sem,
no popular, “meter o pé pelas mãos”. O imbróglio da vez foi a restauração, com
apoio de empresas, do viaduto Santa Ifigênia, no Centro. No ato de entrega das
obras de revitalização, na terça-feira (21), o prefeito crente que receberia
elogios de uma cadeirante que acompanhava a cerimônia, aproxima da assistente
jurídica desempregada, Elizabeth Nascimento, mas ela não o abraça ou muito
menos desfere elogios. A cadeirante Elizabeth chamou a atenção de Dória por
entregar um viaduto em que não há elevador de acesso e com os arredores de
calçamento degradados, além de lembrar o prefeito que andar de cadeira de rodas em lugares planos, como na 4ª Semana na Vila Maria, é fácil. O prefeito, visivelmente constrangido, disse que o
viaduto por ser tombado não pode sofrer adaptações.
Vídeo: Reprodução / Canal "Nossa Política TV" no Youtube
A Lei que regula espaços, prédios e estruturas tombadas pelo Patrimônio
garante que, se preciso, as adaptações podem e devem ser feitas, já que a
acessibilidade é um direito que não pode ser deixado de lado. Curioso é que o
prefeito está para entregar a nova passarela do aeroporto de Congonhas, também
tombada e por haver interesses econômicos dos parceiros empresários parceiros
na instalação da nova estrutura, sofreu adaptações, incluindo dois elevadores
para o acesso. No Centro e com Dória, se não houver retorno, de preferência
financeiro, obras de creches, escolas e hospitais não terão o mesmo número de
parceiros como praças, pontes e viadutos, locais estratégicos para a
implantação de publicidade.
Na semana ainda tivemos o feriado pela Consciência Negra, na
segunda-feira (20). Para Dória, que tinha comemorado o dia da Bandeira no
domingo (19), não repetiu o ato na segunda-feira (20), e o feriado pela
Consciência não “mereceu” nenhuma publicação. Menos mal que a administração
João Dória não resume-se a ele e os seus empresários. Felizmente há
coordenadorias, submetidas à Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania e Secretaria
de Cultura, que impedem que a resistência caía no ostracismo.
O dia pela Consciência Negra foi de eventos por toda a cidade. Na Praça das Artes, no Vale do Anhangabaú,
a “Feira Preta” movimentou a segunda-feira (20) com shows, palestras e debates.
E os dias subsequentes, mais precisamente os 16 dias contados a partir de
terça-feira (21), também serão de discussão e muito ativismo. Precedendo este
sábado (25), Dia Internacional de Combate
à Violência contra a Mulher, a cidade promove mais uma edição do “Ato Todas por Todas – 16 Dias de Ativismo
pelo Fim da Violência Contra a Mulher” com atividades voltadas ao combate à
violência contra o gênero feminino em todas as regiões da Capital. Debates, seminários
e exposições pretendem intensificar e reforçar a importância de ativismo por
parte, principalmente, de mulheres. O guia com todas as atividades e os locais
do “Ato Todas por Todas – 16 Dias de
Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher” está sendo distribuído pela
Coordenadoria de Políticas para a Mulher, da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania,
e clicando aqui.
Antes de encerrar a semana, Dória ainda enfrentou as consequências de
suas péssimas parcerias entre a Prefeitura e os parceiros empresários. De
acordo com reportagem veiculada na Rádio CBN,
na sexta-feira (24), a administração Dória descartou 35% de medicamentos doados na 6ª Semana à Prefeitura, por grandes laboratórios farmacêuticos, em troca de
incentivos e isenções fiscais. Ainda segundo a rádio, parte considerável dos medicamentos já
estava com prazo de validade a expirar quando a Prefeitura aceitou a parceria,
trata-se de remédios próximos do vencimento, assim como ele tentou emplacar com
a farinata. A reportagem da jornalista Alana Ambrósio diz ainda que a atual
administração descartou 5 vezes mais remédios do que a gestão anterior. Foram
157 mil comprimidos jogados fora contra 35 mil no mesmo período do ano
passado. Enquanto os laboratórios comemoram com suas isenções e incentivos, a população mingua nas farmácias de UBS e UPAs.
Mesmo a Prefeitura contando com 14 obras de CEUs paradas e mais de 100mil crianças, entre 0 e 3 anos de idade, na fila por vaga nas creches da Capital, Dória consegue ser pífio e entregou nesta semana uma nova creche,
desta vez no Itaim Paulista, Zona Leste. O prefeito encerrou a semana em mais
uma etapa do seu criticado Cidade Linda,
mais uma vez na Zona Leste, região mais populosa e que pouco tem sentido a
presença de um prefeito no Edifício Matarazzo. A ausência de Dória, através de poucas
obras na ZL, tem despertado nos paulistanos daquela região uma pergunta: “temos
prefeito?”.
Como seria bom se as muitas polêmicas envolvendo Dória fossem convertidas numa
administração mais efetiva...
Assim
como aceitamos ( e precisamos) críticas e sugestões, por isso a
importância de se comentar sua opinião, seja sobre o conteúdo ou o
artigo, da forma que for mais conveniente, pedimos que, também,
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Em parceria com o projeto cultural Cine Favela, lá da Rua do Pacificador Nº 288 (clique!),
em Heliópolis, região do Sacomã, na Zona Sul da cidade, a Coluna Mais SP exibe 13 anos de produções, de trabalho intenso do grupo. Linkaremos
curtas, documentários e reproduções de peças teatrais com os nossos artigos. As produções
são autorais e desenvolvidas com a colaboração, maciça, de moradores
daquela comunidade. Clique aqui e curta a página do projeto no Facebook.
Vídeo: Reprodução / Canal "Cine Favela" no Youtube
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