Vamos acompanhar
semanalmente o mandato do prefeito tucano João Dória à frente da Prefeitura de
São Paulo. O Gestor, como ele bem frisa, terá muito trabalho no comando da
maior cidade da América Latina, e estaremos atentos a todas as suas ações.
Portanto, todo sábado, traremos aqui um compilado do que o mandatário realizou
em suas atribuições.
43ª Semana De “farinata”
se esfarelando a “causas impossíveis”
Dória tentou, recorreu à igreja e seus santos, mas não conseguiu. Mesmo
com a presença do arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, o prefeito João
Dória teve que, além de esclarecimentos, dar explicações sobre o projeto de
distribuição da ração que nem fábrica tem. O prefeito e sua grande equipe de
big data e assessores perceberam que sua comunicação, quando anunciou que a ração
seria distribuída como substitutivo a alimentação nos CRAS e outros serviços de
assistência e desenvolvimento social da Prefeitura, foi mal feita e, agora,
tenta esfarelar o projeto. Dória tenta desconversar e torce para que a ração
caía no esquecimento, que a farinata se esfarele. Mas, para isso, não contava
com a repercussão de trechos de seus áureos tempos de O Aprendiz, na RecordTV. Em 2011, Dória disparou que “pobre não tem
hábito alimentar” e que “tem que dizer graças a Deus” se puder comer.
O prefeito, que assiste seu nome perder força nas pesquisas de intenções
de voto, aquelas que ele definiu como sendo condicionante para o PSDB, seu
partido, definir o nome do candidato à Presidência no próximo ano, está perdido
e já não consegue compreender, mesmo carregado de big data, a opinião pública. Desesperado,
a solução será a velha tática política em intensificar os valores destinados
para investimentos em ano eleitoral. A administração de Dória, que investiu
pouco menos que R$ 1,5 bilhão neste ano, para 2018 promete investir R$ 2,4
bilhões em investimentos pela cidade. Ele quer, ao menos, carregar alguma
retórica diferente do já desgastado “antipetismo” e ofensas contra o
ex-presidente Lula.
Ainda sob a “vibe” das próximas eleições, o prefeito João Dória, pela
boca de seus correligionários mais próximos, já considera a possibilidade de
deixar a corrida presidencial do PSDB para o seu padrinho político, o
governador Geraldo Alckmin, e se aventurar na briga pelo Palácio dos
Bandeirantes. Na informação trazida pelo jornal O Estado de S. Paulo, assessores de Dória garantem que o prefeito
está considerando a possibilidade, e muito por conta do último levantamento Datafolha que apontou queda vertiginosa
na aprovação dele à frente da Prefeitura. Também, que paulistano suportaria ininterruptamente
o andarilho e pouco gestor João Dória?
Nesta semana ele voltou a receber honrarias, aqueles títulos de cidadão.
Dória esteve em Aracaju, capital de Sergipe, para mais um daqueles cerimoniais atabalhoados,
com protestos populares e comentários enaltecedores da classe política, a mesma
pela qual o prefeito mostrou-se oposição em campanha eleitoral no ano passado.
Com o título de “cidadão sergipano”, Dória chega a 6 títulos num universo de 5.597
– soma do números de munícipios com o número de unidades federativas e Distrito
Federal. Não sei. Mas se assim como as pesquisas de intenções de voto e avaliação
de governo, os títulos também forem uma condicionante para a escolha do presidenciável
do PSDB, com o pouco tempo até as próximas eleições, o prefeito terá de correr
e rever seu modo “gestacional” de comandar a cidade de SP. São poucos títulos
de cidadão e quedas consideráveis nas pesquisas para o almejado “credenciamento”
de Dória no GP do partido da “social democracia”.
Ainda nesta semana, na quarta-feira (26), Dória inaugurou mais um Centro Temporário de Acolhimento – CTA,
desta vez na região de Santo Amaro, na Zona Sul. O CTA, uma adaptação dos
prometidos Espaços Vida, de Santo
Amaro é o 7º entregue pela administração Dória que garante a inauguração de
mais 10 até o dia 31 de dezembro deste ano.
Só nesta semana, foram entregues projetos para a concepção do Parque
Campo de Marte, na Zona Norte, e as obras realizadas para mais um Grande Prêmio
do Brasil de Fórmula 1, no Autódromo de Interlagos, mas nenhuma reunião por obras de hospitais, UBS, corredores de
ônibus ou idealização de conjuntos habitacionais. Aliás, curiosamente – para
manter o mínimo de imparcialidade jornalística -, a mesma classe empresarial
que se reúne com Dória para projetos que, obviamente, são lucrativos, pouco
mostram-se interessados em projetos que visem o coletivo, a maioria da
população paulistana. E não poderia ser diferente quando o próprio prefeito,
que alardeia amar a cidade desde sempre, só apareceu para “ajudar” a capital
agora enquanto prefeito eleito. Mesmo residente de seus pouco mais de 7 mil
metros quadrados no Jardim Europa, na Zona Sul, há muito tempo, Dória nunca esteve
à frente de políticas, mesmo que com as obscuras parcerias com empresários,
para a cidade. Não há notícias dele buscando parceiros para políticas enquanto
apenas empresário. E isso, não poderia ser diferente, só ratifica nossa
suspeita e luta por mais transparência na administração do empresário Dória.
Dória encerrou a semana participando de uma missa pelo dia de São Judas
Tadeu, santo católico a quem se recorre os desesperados e aflitos com suas “causas impossíveis”, na manhã de
sábado (28). O prefeito teria pedido por melhor avaliação de seu governo e pelo fim
dos questionadores – para ele: petistas, esquerdistas e todos com sufixo “ista”
do lado escarlate da força. Depois seguiu para a Av.
Aricanduva, Zona Leste, para mais uma fase do programa de zeladoria –
paisagismo- Cidade Linda.
Assim
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A partir desta edição do Semana do Gestor, a coluna Mais SP inicia uma parceria com o projeto cultural Cine Favela, lá da Rua do Pacificador Nº 288 (clique!), em Heliópolis, região do Sacomã, na Zona Sul da cidade. Linkaremos curtas, documentários e reproduções de peças teatrais, produzidos por eles nos mais de 13 anos de projeto, com os nossos artigos. As produções são autorais e desenvolvidas com a colaboração, maciça, de moradores daquela comunidade.
Vídeo: Reprodução Canal "Cine Favela" no Youtube
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