Fim do 1º turno das eleições municipais de 2016 e uma
constatação, a politica nunca esteve sob tanta evidencia como nos dias atuais.
Tivemos nesse ultimo domingo (2), a tão conhecida “festa da democracia”. Mais
de 144 milhões de brasileiros estavam aptos a escolher prefeitos e vereadores,
espalhados pelas 5 570 cidades do Brasil.
Quando o sol se pôs nesse domingo, os primeiros resultados
das apurações pelo país foram divulgados. A população acompanhava pelos os meios
de comunicação, os números, dados sobre o que tinha sido aquele domingo. Em São
Paulo, poucos minutos antes do fim da votação, pesquisas de boca de urna
(DATAFOLHA) já apontava para uma vitória de João Dória (ELEITO com 53,29% ou 3.085.187 votos), sem a
necessidade de um turno extra, o 2º turno. No Rio, as pesquisas foram todas ao
chão. Crivella que, de acordo com as pesquisas, liderava com folga, descobriu
que não havia tanta folga assim. Já que as pesquisas colocavam o candidato do
PRB acima dos 40% das intenções dos votos, e as urnas o levou para o 2º turno
com 27,78% (872.201 votos), ao lado de Marcelo Freixo, do PSOL, que
recebeu 18,26% (553.424 votos). Pouquíssimos
votos, não é?
Mas por que, esse articulista trouxe esses dados aqui? Pois
bem, vou explicar. O articulista aqui, trouxe esses números para analisarmos
juntos, algo que me chamou atenção. As duas principais cidades do país, São
Paulo e Rio de Janeiro, tiveram altos números de “não voto”
(abstenções/brancos/nulos). Só em SP, foram 38,48% de todo eleitorado, dividido
entre as opções que o eleitor tem de não participar das eleições, os votos
brancos e nulos e o não comparecimento ao colégio eleitoral. Esse dado aponta
para uma máxima: a cada 10 paulistanos, 4 não participaram da escolha, tanto,
do prefeito como dos vereadores. Já na cidade maravilhosa, os números da não
participação do eleitor na escolha de seus representantes, ultrapassaram os 42%,
isso num eleitorado de 4.898.044 pessoas. Números como estes, nos faz refletir
sobre o momento em que estamos vivendo. Esquerda ou Direita? Político ou não político? O novo ou antigo? Parece que o eleitor optou por não votar, por não
arriscar e não se culpar por mais uma vez ter sido enganado por promessas e
ideias, que não passam de falácias. O eleitor mostrou que cansou de tudo que
rodeia a política nacional. Cansou de palavras robustas e discursos
extravagantes. O eleitor cansou...
É Cláudio, eu concordo em absoluto contigo quanto a questão por ti levantada da abstenção e vejo ela retratando metade do problema. A outra metade é que a população "cansada da política e dos políticos", sem interesse em analisar propostas, saber se o que o candidato diz sobre a própria história representa a verdade de fato (veja em SP, enfim), isso representa algo ainda mais alarmante. NÃO HÁ um maior engajamento político da população desde 2013, passando agora pela lava jato, impeachment e cassação de Cunha. A coisa parece ter piorado ainda mais, a população parece ter desistido de vez de analisar o voto e acaba assim votando em propostas rasas, ou em legendas que representam justamente a ideologia contrária a que mais é alvo de investigações, mas que também é alvo, enfim.
ResponderExcluirAcredito que a marca desse pleito é o abandono (de momento) de uma consciência política da população. Muito mais do que a revolta que é parte disso ou de um "maior engajamento" das pessoas na política, maior engajamento há sim de MAVs, que só servem pra ENCHER e ofender as pessoas.